Na abertura do festival foram reiterados os seus princípios. FOTO CMIN
O Eco Festival Salva a Terra voltou a surpreender com quatro dias de música, cultura e consciencialização ambiental em Salvaterra do Extremo, aldeia do concelho de Idanha-a-Nova, situada em pleno Parque Natural do Tejo Internacional. Entre os dias 22 a 25, de acordo com uma informação prestada pelo município idanhense, a quarta edição deste festival bienal, já eleito o mais sustentável de Portugal, voltou a criar um mundo idílico. Os 150 artistas convidados e milhares de festivaleiros foram abraçados por uma biodiversidade e uma comunidade que encantam e inspiram.
Organizado pela associação ambientalista Quercus, pela Câmara de Idanha-a-Nova e pela União de Freguesias de Monfortinho e Salvaterra do Extremo, o festival destaca-se pelo seu cariz ‘pro-bono’, com as receitas a reverterem a 100% para o CERAS – Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens.
“Este é um evento na área da sustentabilidade que visa dar a conhecer o património natural e histórico-cultural do nosso concelho”, explica o presidente da autarquia. Armindo Jacinto sublinha que o Salva a Terra faz sobretudo “um apelo à consciência ambiental dos cidadãos, para que saibamos deixar aos nossos filhos um planeta melhor”.
Samuel Infante, da Quercus, destaca além da componente solidária, a mensagem de sustentabilidade que o festival transmite aos festivaleiros e população local. As atividades desenvolvidas vão desde a ecologia a uma intervenção para melhorar a ETAR de Salvaterra do Extremo.
Talvez seja esta consciência social e ambiental que torna única a relação entre organização e população. Paulo Lopes, representante da freguesia, conta que “desde o primeiro momento, há oito anos, gerou-se uma interação fantástica”. Em Salvaterra do Extremo, explica o responsável, “é fácil ver os artistas ou os festivaleiros comer e dormir na casa das famílias, tal é a proximidade que se estabelece”.
Em 2017, segundo a mesma informação enviada à imprensa, não faltaram inúmeros motivos para passar dias memoráveis na aldeia, com o rio Erges a um passo. Para além de concertos em quatro palcos, houve teatro, workshops e animação de rua. Na memória de todos terá ficado ainda a intervenção do artista plástico Bordalo II, uma admirável lontra feita a partir de lixo.