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Salvaterra do Extremo: Resposta ao executivo da União de Freguesia

Domingos Jacinto - 01/09/2016 - 12:29

Dita-me a minha consciência política cívica e moral, que devo mais uma vez vir a terreiro repor a verdade dos factos, relacionados com as práticas políticas levadas a cabo pelo executivo da UFMS e outros intervenientes diretos nas práticas desviantes que levaram à ruína as estruturas sociais em Salvaterra do Extremo.

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Dita-me a minha consciência política cívica e moral, que devo mais uma vez vir a terreiro repor a verdade dos factos, relacionados com as práticas políticas levadas a cabo pelo executivo da UFMS e outros intervenientes diretos nas práticas desviantes que levaram à ruína as estruturas sociais em Salvaterra do Extremo. À falta de argumentação, contrapõem um arrazoado de palavras para tentarem justificar o injustificável. Não dizem nada mas falam…
Aquando do período reivindicativo que liderei com os conterrâneos “Zé Rocha” e “Chico Senabelo”, que teve por objetivo a implementação das melhorias estruturais verificadas em Salvaterra (construção do Caminho e açude do Vau de Idanha, Parque urbano detrás da igreja, Projeto do Picoto e o que demais se fez), vocês e v/antecessores, nunca foram vistos em quaisquer reuniões de trabalho para esse fim. Por isso, só por ignorância ou má fé, podem emitir juízos de valor sobre as ações políticas por nós levadas a efeito.
No que diz respeito à justiça, defendo o princípio que a mesma deve ser implementada com equidade desde o Palácio de Belém até Salvaterra do Extremo. Se assim não for muito mal vai o nosso País. É notório que os autores e infratores dos desmandos praticados em Salvaterra e por mim referenciados no jornal Reconquista de 9/6, se sintam aliviados com o arquivamento do processo de averiguações levado a efeito pelo Ministério Público. Como cidadão tenho o dever de respeitar as decisões da justiça, mas também tenho o direito de discordar. No caso em apreço discordo, sentindo-me inclusive, frustrado. Quando se beneficiam os infratores, ao mesmo tempo reforçam-lhes a moral para darem continuidade aos seus atos.
É meu entendimento, que a moral a ética e a justiça devem caminhar de braço dado. Foi-me sugerido, para me constituir assistente no processo. Estou disponível para cooperar em defesa da causa pública, mas não quero e não tenho dinheiro para utilizar em processo que deverá estar sob a tutela dos órgãos de defesa do nosso Estado de Direito Democrático.
Digo mais uma vez aos senhores Membros do Executivo: Utilizar dinheiros públicos em benefício de entidades privadas, configura em CRIME! Direi  isto até que a voz me doa.
A história de Salvaterra do Extremo está a ser adulterada e invertida, vejamos: Em 1229 foi-lhe concedido o primeiro foral, passando a constituir o Concelho e Comarca de Salvaterra. Em 30 de Setembro de 1377, os seus limites administrativos ficaram restringidos aos Povos de Salvaterra, Rosmaninhal, Segura, Zebreira e Povos de Toulões e Monfortinho. Com a reforma administrativa de 1855 Salvaterra ficou constituída como Freguesia; a Lei n.º 22/2012, de 30 de maio, criou a União de Freguesias Monfortinho Salvaterra do Extremo. Do Aravil até ao  Erges, ao longo dos tempos Salvaterra foi referenciada como a localidade 1.ª, hoje passou para última, não tem Sede, nem poder, é um apêndice de uma coisa que é denominada de União de Freguesias, com Órgãos, Executivo e Assembleia, sem vida, ausentes e incompetentes, dos quais não faz parte nenhum cidadão natural de Salvaterra do Extremo.
Salvaterra está a definhar!
O atual Secretário do Executivo, constitui um corpo estranho em Salvaterra, dado ser um cidadão oriundo ao que presumo de Massamá, que se intitula Salvaterriano por recenseamento, está desenraizado culturalmente de Salvaterra, não conhece os costumes das suas gentes, nem o seu termo, aterrou embrulhado no para-quedas do “Armindo”, forma amistosa como publicamente trata o atual Presidente da Câmara, sentado já no trampolim para dar o salto para outro lugar mais apetecível, por certo já prometido pelo seu amigo “Armindo”. A fim de tratar melhor da sua “vidinha”. E assim se fazem os autarcas! Diz-me a minha experiência política como Autarca, que os dez elementos que preenchem os órgãos da União, constituem um grupo político insignificante, produto do obscurantismo que se faz sentir por todo o nosso Concelho.
É lamentável, que após 42 anos de Democracia e Liberdade, seja possível ao nosso sistema democrático, produzir um órgão que constitui uma humilhação para os cidadãos que formalmente representa, e um descrédito para o Poder Autárquico Democrático.
O Sr. Primeiro Ministro diz pretender reverter a atual reforma administrativa das Freguesias. Que o faça com urgência, mas também, que crie as condições para reformar o atual sistema de candidaturas aos lugares Autárquicos, introduzindo critérios de transparência, rigor e seriedade democrática, proporcionando o preenchimento dos lugares aos mais capazes, e não através das práticas do “Nacional Amiguismo”, vigente, que decorre das decisões pouco transparentes e sérias que emanam do interior dos Partidos, que se refletem negativamente nas estruturas de base do nosso Poder Autárquico Democrático.
O vosso Secretário/Confrade do Bodo de Salvaterra, traz à colação o assunto relacionado com o Bodo de Salvaterra, em boa hora o fez, vejamos: Em 30 de setembro de 2015, subscrevi um texto publicado no jornal Reconquista, solicitando ao Sr. Mordomo Carlos Rascão, que viesse explicar publicamente ao povo de Salvaterra, por onde andam os 4.076€, correspondentes ao valor do subsídio concedido pela Câmara Municipal para a festa do Bodo e que não estão refletidos no Relatório e Contas apresentado.
Até esta data, observamos um silêncio total! No Relatório e Contas deste ano 2016, também não está refletido qualquer montante referente aos 10.000€, do subsídio concedido pela Câmara Municipal destinado aos Bodos de Salvaterra e Monfortinho.
O sr. Secretário e Confrade, disse em “Bicos de pés”, no palco da televisão SIC, que havia a presença de 1.000 pessoas no almoço da festa. No Relatório e Contas, há um registo de 163 contribuintes presentes no citado almoço! Afinal quem mente: O Sr. Secretário/Confrade ou o Relatório e Contas? Ao longo dos tempos, a Festa do Bodo foi definhando por falta de adesão e confiança do Povo, em alguns dos seus organizadores.
Disseram, que a Confraria se apresentou para mudar, transportando uma aragem de ar fresco, puro engano! Afinal, a mudança foi só na roupagem, porque tudo continua como dantes. Há uma diferença: No passado havia uma Festa Popular, agora, há um almoço da Câmara Municipal pago com o dinheiro dos nossos impostos.
Esclareço, que sou favorável a todas as festas e eventos populares, desde que a sua organização seja pautada por critérios de transparência, rigor e seriedade.
Salvaterra merece melhor.

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