Árvores vão ser plantadas na faixa de proteção. Foto arquivo Reconquista
Depois de em novembro ter ajudado a retirar o lixo do local, a Plataforma de Defesa da Albufeira de Santa Águeda volta à barragem do concelho de Castelo Branco mas destas vez para plantar árvores.
Esta ação piloto de arborização, marcada para o próximo sábado dia 20, pretende melhorar a chamada faixa de proteção total, que é de 50 metros em torno do espelho de água.
A plataforma espera que esta sua iniciativa “possa servir de exemplo para um eventual seu possível prolongamento futuro, no intuito de que as diversas funções que justificaram o estabelecimento desta faixa possam ser efetivamente obtidas”.
Nesta campanha vão estar envolvidos cerca de 20 voluntários, com início previsto às 9H30.
A organização recorda que a faixa de proteção encontra-se “total ou parcialmente desarborizadas”, o que contribuiu para a erosão e a chamada lixiviação.
A vegetação funciona “como corredor ecológico para a fauna” e também como um “sistema natural de depuração contínua das águas (a custo zero), importantíssima face ao propósito mais importante desta albufeira, que é o fornecimento de água com qualidade apropriada para abastecimento urbano”.
A arborização será feita com espécies como salgueiros brancos e pretos.
Segundo os especialistas dentro de dois anos poderão ser plantadas outras espécies.
O terreno pertence à Câmara Municipal de Castelo Branco, tendo cerca de 225 metros de extensão, entre o paredão e uma zona de eucaliptos.
O município apoia a iniciativa da plataforma, tal como a Agência Portuguesa do Ambiente.
A morte de peixes é um dos episódios mais recentes na barragem, que conta agora com um movimento para denunciar crimes ambientais.
Plataforma de Defesa da Albufeira de Santa Águeda/Marateca acusa a Agência Portuguesa do Ambiente de andar a reboque das denúncias em vez de fiscalizar e prevenir.
A utilização de químicos na agricultura pode retirar oxigénio e aumentar os custos com o tratamento da água que é consumida em Castelo Branco.
O planeta bem precisa.