Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Tejo Internacional: Colónia de Abutre Preto tende a crescer

Reconquista - 12/12/2020 - 10:30

O Parque Natural do Tejo Internacional começa a registar resultados positivos no que respeita à conservação da espécie Abutre-preto, população que tende a aumentar nesta área protegida.

Partilhar:

Esta é a região do país que regista a maior colónia desta espécie ameaçada

Melhorar a produtividade da população de Abutre-preto (Aegypius monachus) e fixar novos casais nidificantes, com a mitigação dos efeitos da diminuição do alimento disponível (resultado do abandono de práticas agropecuárias tradicionais) e a redução da mortalidade por envenenamento, são objetivos do Plano Nacional para a Conservação das Aves Necrófagas e que, no caso do Parque Natural do Tejo Internacional (PNTI), começam a registar resultados positivos.

O Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF) dá conta que esta espécie residente no PNTI, e com estatuto de classificação de Criticamente em Perigo (CR) (devido ao número reduzido de exemplares a nível nacional), está a demostrar uma tendência de aumento da sua população, existindo ali 24 casais, dos quais 23 são reprodutores. Nesta população registam-se 17 crias vivas, e seis mortas, uma das quais devido a uma derrocada.

A espécie do Abutre-Preto foi considerada extinta como nidificante em 1973, tendo-se confirmado o seu regresso ao PNTI, como nidificante, em 2010. Para a sua preservação, o ICNF, o Fundo Ambiental e o POSEUR estão a financiar vários projetos, num montante global de 45 mil euros, para restauro de habitats de nidificação, com instalação de plataformas artificiais para ninhos existentes, para a reabilitação de campos de alimentação de aves necrófagas e instalação de novos e ainda para colocação de marcas e emissores GPS-GSM para seguimento e monitorização dos juvenis nascidos no PNTI.

O projeto “Compatibilizar a Gestão Cinegética com a Conservação da Natureza no PNTI”, com um investimento de 98.200 euros, do Fundo Ambiental, no âmbito do Projeto Piloto para a Gestão Colaborativa do PNTI, permitiu a criação do Sistema de Alimentação de Aves Necrófagas do Tejo Internacional (SAANTI).

Para além de técnicos e Vigilantes da Natureza do ICNF e da equipa de Alfonso Godino, o Projeto de Restauro e Prevenção Estrutural do PNTI, conta também com a equipa do Corpo Nacional de Agentes Florestais 36 (CNAF 36) PNTI.

Por sua vez, o ICNF e a Quercus estão a organizar a recolha de animais mortos em explorações pecuárias e de subprodutos da exploração cinegética, em colaboração com a Ovibeira e com entidades gestoras de zonas de caça, que contempla também a colocação de plataformas e de marcação de juvenis voadores, projeto financiado pelo POSEUR.

Já a monitorização tem vindo a ser reforçada desde 2018, com a marcação de juvenis voadores (colocação de emissores GPS/GSM e anilhas metálicas CEMPA) e a recolha de amostras biológicas de sangue e penas, para identificação de sexo e despiste de presença de metais pesados e produtos veterinários, no âmbito de um outro projeto mais amplo com o patrocínio da espanhola Endesa, e da americana Hawk Mountain Sanctuary Association, com a participação da Facultad de Veterinaria da Universidad de Murcia e da Junta de Andaluzia.

COMENTÁRIOS

JMarques
à muito tempo atrás
Haja esperança!