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Vila Velha de Ródão: Estudo determina reservas de água

Reconquista - 04/07/2021 - 10:00

O concelho de Vila Velha de Ródão esta a ser alvo de um estudo que visa determinar as reservas de água existentes nas serras de Talhadas e do Perdigão, entre os rios Tejo e Ocreza.

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Estudo é coordenado pela geóloga Rosário Carvalho

O concelho de Vila Velha de Ródão esta a ser alvo de um estudo que visa determinar as reservas de água existentes nas serras de Talhadas e do Perdigão, entre os rios Tejo e Ocreza. Este novo estudo é coordenado pela geóloga Rosário Carvalho, professora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, especialista nas áreas de Hidrogeologia, Hidrogeoquímica, Geotermia e Ambiente.

Carlos Neto de Carvalho, coordenador científico do Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO, explica que “num período em que o aquecimento global se reflete numa tendência de aridez para territórios como a Beira Baixa, este estudo vem ao encontro das necessidades apontadas pelo município de Vila Velha de Ródão de autonomia hídrica em períodos prolongados de seca, que se demonstrou terem um período de recorrência cada vez mais curto”.

O estudo é enquadrado no âmbito da tese de mestrado de Maria Elisa Moura, na qual a investigadora pretende “fazer o cálculo do volume de água que circula ao longo das serras das Talhadas e do Perdigão”, em torno das quais, “os habitantes das aldeias sabem da abundância de água de qualidade proveniente das fragas quartzíticas”.

De acordo com o comunicado enviado às redações, um dos mananciais mais importantes é “O Nascente”, que sempre abasteceu de água a população de Foz do Cobrão e que contribui decisivamente para a qualidade da nova zona balnear construída nesta aldeia, no Ribeiro do Cobrão.

Enquanto sítios de relevância geológica, a Fonte das Virtudes, próxima de Vilas Ruivas, e “O Nascente”, na Foz do Cobrão, “serão sujeitos a análises que permitam desenvolver um modelo de circulação subterrânea da água no maciço quartzítico. Para esse modelo, em que as investigadoras já se encontram a desenvolver trabalhos de campo, contribuirão igualmente todas as nascentes que, ao longo de séculos, têm abastecido com água de qualidade Vila Velha de Ródão e todas as localidades situadas, por essa razão, próximo do sopé dos alinhamentos montanhosos quartzíticos entre os rios Tejo e Ocreza”.

Com este estudo “será possível determinar a quantidade de água subterrânea disponível em função da distribuição da precipitação ao longo do ano e aplicar esse conhecimento na gestão municipal dos recursos hídricos”.

Recorde-se que “as montanhas quartzíticas se destacam na paisagem do Geopark Naturtejo, estando presentes nos sete municípios que constituem este território, designadamente Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão”.

O estudo resulta de uma parceria entre a Naturtejo, empresa intermunicipal responsável pelo Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, através do Instituto D. Luiz (IDL), e “demonstra a importância que as Geociências têm neste território para o reconhecimento e gestão sustentável dos recursos naturais, desde os recursos geológicos, à água e aos solos”. Este é também um contributo científico para “a implementação a nível local dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pelas Nações Unidas até 2030, em especial o de alcançar o acesso universal e equitativo à água potável, segura e acessível para todos”. Deste modo, “pretende-se aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água para enfrentar a previsível, mas ainda mal quantificada, escassez de água em contexto dos impactes das alterações climáticas”.

COMENTÁRIOS

Francisco Vargas
à muito tempo atrás
Boa tarde, o estudo que vão fazer acho que sim, só não compreendo porque não há-de a população da Aldeia consumir a água do seu nascente.
Irene Neto
à muito tempo atrás
Boa tarde, queria deixar um aspecto muito importante em relação á água que vem do rio Ocreza. A populaçao de Sobral Fernando (Proença a nova) e foz do cobrão ( Vila velha de Ródão) tem um açude feito e desprezado pelas câmara onde passa o rio Ocreza poluido. Já foram enviadas fotos e pedidos feitos mas tudo em vão. Deixo aqui o meu pedido de ajuda para recuperar este rio e sítio.
Cm
Irene
Hugo Neto
à muito tempo atrás
Boa tarde,
Sou uma pessoa que gosta de estudos. Por isso deixo aqui um assunto que devia ser estudado. A qualidade da água do rio Ocreza. Entre a foz do cobrão e o Sobral Fernando existe um açude feito por 2 câmaras. Proença a nova e Vila velha de Ródão. Esse açude está degradado e feio. A sua água poluída. As 2 aldeias pedem ajuda e nada é feito elas andam a fazer o trabalho das câmaras. A tentar manter o espaço atrativo para os visitantes que chegam e vão embora. Porque o espaço parece abandonado.
José Santos
à muito tempo atrás
Em relação ao açude existente entre o Sobral Fernando e a Foz do Cobrão, penso que, a sua construção, não foi mais que um atentado ambiental de que aquele local foi vítima. Para além de não ter qualquer utilidade pública - está completamente abandonado- a sua existência impede que a fauna piscícola prossiga o seu caminho para montante. Na falta de obras que confiram àquela zona verdadeira utilidade pública penso que, pura e simplesmente, deveriam proceder à destruição daquele paredão.