Ponsul é um dos rios afetados. Foto arquivo Reconquista
A Agência Portuguesa do Ambiente confirmou que a albufeira de Cedilho tem níveis de concentração de fósforo total “de um modo geral superior ao valor limite para o bom estado, o mesmo se verificando para a clorofila a”, o que explica o manto verde que tem vindo a cobrir vários rios da região, como o Ponsul ou o Tejo.
A resposta foi dada ao ProTejo- Movimento pelo Tejo, que no início de novembro pediu explicações a esta agência governamental, segundo as qual estes mantos verdes surgem quando há temperatura elevada, caudais reduzidos e disponibilidade em nutrientes, principalmente fósforo.
Segundo a APA “a principal origem de Fósforo é o rio Tejo”. Porém, no Ponsul, “apenas o Fósforo total tem registado incumprimentos, verificando-se uma redução da sua concentração de montante para jusante”, atribuindo o seu aparecimento a possíveis descargas de estações de tratamento de águas residuais ou da poluição proveniente da agricultura, que diz estar a averiguar.
No Erges não foram registados incumprimentos, no Aravil há “incumprimentos pontuais do valor limite para o bom estado” e o mesmo acontece no Sever.
Os mantos verdes acabam por se deslocar da sua origem para os outros rios devido ao vento, o que diz ter observado através de imagens captadas por satélite e por drone.
A APA argumenta que a azola e lentilha de água não são tóxicas e podem ser utilizadas com fins agrícolas.
A agência diz ainda que tem estado em contacto com a Confederação Hidrográfica do Tejo, em Espanha, “tendo em conta a importância da implementação conjunta de medidas preventivas e de controlo”.