ATUALIZADA De acordo com o partido "todas as posições e votações assumidas pelo senhor vereador não mais representam ou vinculam o Partido Social Democrata".
Foto jornal Reconquista
A Comissão Política Concelhia do PSD de Castelo Branco retirou a confiança política ao vereador social democrata João Belém que representa a coligação PSD-CDS-PPM no executivo da câmara municipal albicastrense.
A decisão, tomada por unanimidade, foi anunciada na tarde de quinta-feira, dia 2, em conferência de imprensa por Pedro Lopes, presidente deste órgão partidário.
De acordo com o partido "todas as posições e votações assumidas pelo senhor vereador não mais representam ou vinculam o Partido Social Democrata".
Segundo a concelhia, a comissão política "tentou, variadíssimas vezes, estabelecer relações de trabalho, diálogo e concertação" não tendo encontrado "disponibilidade e abertura" do vereador.
Lembre-se que João Belém foi eleito como único vereador pelo PSD nas últimas Eleições Autárquicas realizadas em setembro de 2021, tendo obtido 11,47% dos votos. O PS ganhou essas eleições com 35,96% tendo elegido três mandatos, os mesmos do movimento Sempre, que obteve 31,65%.
O PSD albicastrense vem também dizer que “os estatutos nacionais do PSD são bem claros em relação às obrigações dos seus militantes e eleitos”, acrescentando que “o senhor vereador João Belém sempre se recusou a comparecer nas reuniões convocadas para discussão e definição de planos e estratégias, recusou-se a partilhar os documentos preparatórios das reuniões de câmara, prejudicando deliberadamente a capacidade de ação desta comissão política”.
Posto isto, Pedro Lopes afirmou que “tem-se consolidado com o tempo e com a prática a ideia de que o senhor vereador João Belém tem mais interesse e disponibilidade em estabelecer entendimentos com o Partido Socialista, ao invés de o fazer com o partido pelo qual aceitou ser eleito”. Postura que é agora entendida como “uma traição do PSD, bem como aos eleitores que votaram na coligação liderada por este partido nas Autárquicas de 2021”.
A retirada da confiança política é vista por Pedro Lopes como “um ato político substancial”, embora em resposta ao Reconquista o mesmo não esteja convencido de que venha a ter consequências (demissão, ou outras) por parte do vereador visado. “Ficar-lhe-ia bem que as retirasse e que se demitisse”, anuiu.
Esta decisão unânime do PSD albicastrense tem também na base a intenção de “encerrar um ciclo de degradação da imagem do PSD perante a opinião pública”, num momento que é visto como “determinante para o nosso concelho” em que é preciso “reforçar o elo de confiança entre o PSD e os albicastrenses”.
Pedro Lopes conclui que “continuamos focados em construir um partido forte, afirmativo e combativo, empenhado em construir uma alternativa, um projeto de desenvolvimento para a cidade e para as freguesias”.
Notícia atualizada às 15H58 desta quarta-feira
CDS e PPM aliam-se ao PSD pela primeira vez em mais de 40 anos.
Não existe articulação dos órgãos políticos com o vereador e nem sempre o PSD se revê nas suas tomadas de decisão.
«Confiança Política foi algo que nunca senti, quer em sede própria quer publicamente», responde João Belém à tomada de posição da concelhia do partido.
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