O jornal “Reconquista” estava lá. A pena do jornalista e a visão do fotógrafo não perdem este momento, único para a cidade de Castelo Branco. Fazem a sua reportagem.
O Tribunal de Castelo Branco na atualidade. Foto arquivo Reconquista
Castelo Branco, Dezembro de 1959. A Câmara Municipal entrega nas mãos do Ministro da Justiça, um terreno na Devesa, para construção do novo tribunal. Um espaço central que engrandece a Justiça. “Perde” a cultura. Projectava-se a construção do novo museu e centro cultural.
Apenas em 1965, um ano “vintage”, começam as obras, com o traço de Raul Rodrigues Lima. O interior é iluminado por um magnífico vitral. Impõem-se as armas da cidade de Castelo Branco, com a balança à esquerda e a espada à direita. Sobre um pedestal paralelepipédico com almofadados, a deusa olha para o cidadão, impondo a sua autoridade, a ordem, a prudência, o equilíbrio e a justeza.
A Obra é inaugurada pelo Ministro da Justiça, Prof. Doutor Júlio de Almeida Costa, na magnífica sala de audiências, sob o olhar da beleza e simbologia do painel, do Mestre Martins Barata.
O jornal “Reconquista” estava lá. A pena do jornalista e a visão do fotógrafo não perdem este momento, único para a cidade de Castelo Branco. Fazem a sua reportagem.
Nota: A cidade de Castelo Branco contava apenas com um periódico, “A Beira Baixa”. A censura do Estado carregava forte e feio. O dia 13 de Maio de 1945 ficará para sempre associado ao Reconquista. O dia do lançamento da primeira edição - o fim da Segunda Guerra Mundial e os últimos preparativos para a abertura do Hotel de Turismo de Castelo Branco foram alguns dos temas.
O jornal teve quatro páginas e uma segunda tiragem. O primeiro diretor foi o padre A. Costa Pinto, tendo como redator Duque Vieira e como editor Francisco Vilela. A redação e administração ficavam na Papelaria Semedo, onde também era composto e impresso - e a comemoração da data da aparição da Nossa Senhora de Fátima aos três pastorinhos. Aqui fica o meu agradecimento ao “Reconquista”.
Juiz Desembargador