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Leitores: O Reconquista e o Palácio da Justiça de Castelo Branco

José Avelino - 01/06/2020 - 9:08

O jornal “Reconquista” estava lá. A pena do jornalista e a visão do fotógrafo não perdem este momento, único para a cidade de Castelo Branco. Fazem a sua reportagem.

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O Tribunal de Castelo Branco na atualidade. Foto arquivo Reconquista

Castelo Branco, Dezembro de 1959. A Câmara Municipal entrega nas mãos do Ministro da Justiça, um terreno na Devesa, para construção do novo tribunal. Um espaço central que engrandece a Justiça. “Perde” a cultura. Projectava-se a construção do novo museu e centro cultural.

Apenas em 1965, um ano “vintage”, começam as obras, com o traço de Raul Rodrigues Lima. O interior é iluminado por um magnífico vitral. Impõem-se as armas da cidade de Castelo Branco, com a balança à esquerda e a espada à direita. Sobre um pedestal paralelepipédico com almofadados, a deusa olha para o cidadão, impondo a sua autoridade, a ordem, a prudência, o equilíbrio e a justeza.

A Obra é inaugurada pelo Ministro da Justiça, Prof. Doutor Júlio de Almeida Costa, na magnífica sala de audiências, sob o olhar da beleza e simbologia do painel, do Mestre Martins Barata.

O jornal “Reconquista” estava lá. A pena do jornalista e a visão do fotógrafo não perdem este momento, único para a cidade de Castelo Branco. Fazem a sua reportagem.

Nota: A cidade de Castelo Branco contava apenas com um periódico, “A Beira Baixa”. A censura do Estado carregava forte e feio. O dia 13 de Maio de 1945 ficará para sempre associado ao Reconquista. O dia do lançamento da primeira edição - o fim da Segunda Guerra Mundial e os últimos preparativos para a abertura do Hotel de Turismo de Castelo Branco foram alguns dos temas.

O jornal teve quatro páginas e uma segunda tiragem. O primeiro diretor foi o padre A. Costa Pinto, tendo como redator Duque Vieira e como editor Francisco Vilela. A redação e administração ficavam na Papelaria Semedo, onde também era composto e impresso - e a comemoração da data da aparição da Nossa Senhora de Fátima aos três pastorinhos. Aqui fica o meu agradecimento ao “Reconquista”.

Juiz Desembargador

COMENTÁRIOS

jmarques
à muito tempo atrás
Era tão bom, que a prática tivesse correspondência com a simbologia.