Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Mundo rural: Idanha diz ter captado 60 milhões

Reconquista - 13/11/2019 - 15:04

Nos últimos três anos, em investimento para o desenvolvimento de projetos de base rural, garantiu o município no balanço do i-Danha Food Lab.

Partilhar:

Todos os parceiros elogiaram a iniciativa

Nos últimos três anos, Idanha-a-Nova assegurou 59,2 milhões de euros de investimento direto e indireto para o desenvolvimento de projetos de base rural no concelho, garantiu o município raiano no balanço que efetuou da iniciativa i-Danha Food Lab que decorreu no passado fim de semana em Monsanto.

Iniciativa onde, segundo os dados fornecidos pelo mesmo município, marcaram presença “mais de 200 peritos, investigadores, PME, startups e investidores, de várias partes do mundo, empenhados em construir o futuro do desenvolvimento rural e da produção alimentar saudável e sustentável”.

O i-Danha foi organizado pela Câmara de Idanha-a-Nova e pela aceleradora de base tecnológica Building Global Innovators (BGI), com o apoio do Instituto Europeu da Inovação e Tecnologia.

No discurso de encerramento, o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Nuno Russo, elogiou Idanha por estar alinhada com a visão que o Governo pretende para a agricultura e áreas rurais: “A sustentabilidade é algo imperativo num contexto marcado pelos efeitos inegáveis das alterações climáticas e pela necessidade de adaptação. Aqui, entre os empreendedores, investidores, empresas e startups presentes, gostaria de louvar o i-Danha Food Lab pelo seu espírito inovador, empreendedor, disruptivo e jovem”.

O governante enalteceu a capacidade de zonas rurais para dinamizar projetos sustentáveis que “empregam pessoas e atraem mais empreendedorismo, contribuindo para promover o desenvolvimento e a coesão territorial, contrariando o despovoamento e trazendo rejuvenescimento. Idanha pode ser o lugar para recomeçar a agricultura nacional, testar novas soluções e levá-la mais longe”.

A aliança entre a agricultura e a tecnologia foi referida pelo governante “como decisiva para promover uma gestão mais sustentável dos recursos disponíveis e uma alimentação mais saudável; mas também os benefícios da agricultura biológica foram destacados por Nuno Russo para elogiar o espírito visionário de Idanha-a-Nova, por ser considerada Bio-Região, a primeira de Portugal”.

Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, explicou então a estratégia de desenvolvimento para o território: “Com o i-Danha Food Lab estamos a conseguir alavancar muitas ideias e soluções inovadoras, bem como a incutir muita esperança a quem quer apostar nas temáticas da alimentação e da sustentabilidade. Em especial, é empolgante verificar que são as gerações mais jovens a liderar uma nova visão do mundo com a qual Idanha está claramente alinhada, através do investimento que nos é reconhecido pela Rede Internacional de Bio-Regiões e mesmo pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), que este verão também veio aqui a Monsanto para debater estas temáticas”.

Na abertura desta iniciativa, a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira afirmou que municípios como Idanha-a-Nova representam “excelentes exemplos de que são as gentes do interior quem mais sabe o que fazer para valorizar os seus territórios, porque são elas que têm a criatividade, a energia e o empenho suficientes para dinamizar projetos que marcam a diferença nos territórios e tornam o país mais coeso e sem assimetrias”.

Armindo Jacinto anunciou no i-Danha Food Lab os resultados do caminho trilhado por Idanha: “Os números mostram que estamos a atingir fluxos migratórios positivos no concelho pela primeira vez nos últimos 70 anos. Esta inversão migratória significa que hoje começam a mudar-se mais pessoas para este território rural do que as que saem”.

Além do investimento assegurado já atingir os 60 milhões de euros – incluindo projetos empresariais acelerados pelo i-Danha Food Lab, mas também outros que se têm fixado em Idanha-a-Nova –, “também o número de postos de trabalho criados nos últimos anos já atinge o meio milhar”. Na apresentação dos resultados, o CEO da BGI, Gonçalo Amorim, fez o balanço do investimento já captado, mas lembrou também “o impacto na criação de centenas de postos de trabalho, nos impostos arrecadados por via das transações e por toda a economia que é gerada em torno destes projetos, bem como a utilização de milhares de hectares que estavam subaproveitados ou sem utilização”.

O i-Danha Food Lab inseriu-se no “Histórias da Aldeia, Entre a Noite e a Madrugada”, evento do ciclo “12 em Rede – Aldeias em Festa”, promovido pela Rede das Aldeias Históricas de Portugal.

COMENTÁRIOS