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Seca: Partidos pedem revisão dos caudais

José Furtado - 03/10/2019 - 10:02

Os candidatos dos principais partidos, pelo círculo eleitoral de Castelo Branco, que concorrem às eleições de domingo coincidem na necessidade de revisão da Convenção de Albufeira, o acordo entre Portugal e Espanha que regula os caudais dos rios ibéricos.

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Rio Tejo. Arquivo Reconquista

Os candidatos dos principais partidos, pelo círculo eleitoral de Castelo Branco, que concorrem às eleições de domingo coincidem na necessidade de revisão da Convenção de Albufeira, o acordo entre Portugal e Espanha que regula os caudais dos rios ibéricos.

No debate promovido pela Associação Empresarial da Beira Baixa, a Rádio Cova da Beira e o Reconquista a questão acabou por ser abordada dentro do tema do ambiente.

Rui Lino do BE, começou por lembrar que convenção não é revista há 11 anos, estando por isso desfasada da realidade atual.

Se a revisão não funcionar “numa segunda fase defendemos que se deve avançar para o projeto Tejo, com a construção de uma série de açudes ao longo do Tejo”, que na opinião do partido podia ser uma alternativa à barragem do Alvito, com a qual não concordam “por ser altamente destruidora dos ecossistemas e da paisagem”.

Dias depois, após ter verificado no terreno o problema no Ponsul, o partido informou que vai questionar o Governo e a Agência Portuguesa do Ambiente.

Também no debate, Ana Maria Leitão, da CDU, concordou com as preocupações face à convenção.

A coligação também passou por Lentiscais e deu conta disso num comunicado, em que vem exigir meios “para proteger os nossos rios e a água pública”, culpando a “má gestão ou gestão concentrada na obtenção de lucro nas barragens de produção energética, agravando problemas de poluição e de perda de qualidade da água”.

Os comunistas e verdes acrescentam a estas causas a diminuição dos meios de fiscalização e a gestão de albufeiras pelos privados.

“Só com meios do Estado”, dizem, “se pode garantir o cumprimento de caudais”.

Da parte do PS, Hortense Martins defendeu no debate que o Tejo “tem de ser bem tratado” e nos últimos quatro anos o Governo e as autarquias conseguiram melhorar as suas condições.

Quanto à regulação dos caudais “essa é uma batalha difícil que tem a ver com a renegociação da Convenção de Albufeira. Não são caudais médios que assegurem que o rio continue vivo todo o tempo”, falando da necessidade de caudais ecológicos.

Assunção Vaz Patto, do CDS, falou na necessidade de um plano de construção de pequenas barragens e açudes “para potenciar a parte da agricultura” mas também da necessidade da revisão do regadio existente para diminuir as perdas de água e avançar com novos regadios.

O PAN, através de Rebeca Lopes, fala num problema que é apenas uma parte de problemas mais vastos e vê no terreno um rio “transformado em muitas zonas num pequeno fio de água”.

A cabeça de lista do PSD, Cláudia André, disse que as questões relacionadas com a água devem obedecer “a estudos técnicos e os políticos têm de as respeitar” e concorda com a revisão da convenção. “Neste momento temos de olhar para esta nova realidade e estar constantemente a redirecionar as nossas políticas”.

O PSD também marcou presença na concentração de cidadãos ocorrida em Lentiscais.

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