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Autárquicas: Chega avança com Rui Paulo Sousa em Castelo Branco

Reconquista - 27/03/2021 - 18:46

Empresário nasceu em Castelo Branco e foi diretor de campanha de André Ventura nas presidenciais.

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Rui Paulo Sousa é o primeiro nome confirmado em Castelo Branco. Foto Chega

Em janeiro esteve na cidade para apresentar André Ventura como candidato à Presidência da República. Agora é a vez de Rui Paulo Sousa se assumir como protagonista, surgindo como candidato à presidência da Câmara Municipal de Castelo Branco. O empresário agrícola estabelecido em Santarém foi o primeiro nome a confirmar que estava na corrida aos paços do concelho. O Chega antecipou-se ao PS “que não vai apoiar o ex-presidente que perdeu o mandato” e ao PSD que “aparentemente ainda não conseguiu arranjar nenhum candidato”. O PS avançou entretanto com o nome de Leopoldo Rodrigues.

Rui Paulo Sousa justifica a decisão de se candidatar a Castelo Branco com a estratégia do partido em ir a jogo no maior número de autarquias, um objetivo no qual envolveu os seus dirigentes nacionais. O candidato é membro da direção nacional do Chega e coordenador da comissão de ética do partido, tendo sido mandatário nacional e diretor de campanha de André Ventura nas eleições presidenciais de janeiro. Mas na base desta decisão estão também razões afetivas, já que nasceu há 53 anos na cidade de Castelo Branco, embora tenha sido registado em Sarnadas de Ródão, no concelho vizinho de Vila Velha de Ródão. A família vive ainda hoje na aldeia de Rodeios “mas muitos dos meus familiares vivem e trabalham em Castelo Branco”. A sugestão partiu também da distrital do Chega.

Questionado sobre a gestão da autarquia nos últimos anos, o candidato diz que esta “é o reflexo da gestão do PS noutras câmaras, em que há uma apetência pelo poder e em manter o poder durante décadas”. Na sua opinião “cria maus hábitos e problemas ligados à corrupção como foi evidente nesta câmara”. A democracia, afirma, “funciona melhor quando as pessoas não ficam eternamente no cargo”.

O Chega espera eleger um ou dois vereadores mas admite que não será fácil. “Ser do Chega já não é fácil e ser do Chega nas autarquias ainda é pior, porque as pessoas estão muito dependentes do clientelismo que as câmaras acabaram por criar ao longo de décadas, o que acho que aconteceu com a gestão do PS em Castelo Branco”. Assume que também não será fácil ir a todas as freguesias mas está garantida a candidatura à câmara, assembleia municipal e algumas juntas. “Temos pessoas válidas mas receiam que afete os seus negócios, quando são empresários. Há também um escrutínio muito forte dos candidatos do Chega, o que causa algum receio nas pessoas”, afirma.

Nas presidenciais de janeiro o Chega conseguiu mais de 3600 votos no concelho, ultrapassando folgadamente os candidatos apoiados pelo BE e PCP. Mas Rui Paulo Sousa, que espera chegar à vereação, reconhece que são eleições diferentes. O partido concorre pela primeira vez às eleições autárquicas.

Rui Paulo Sousa entrou para a política pela mão do Aliança, o partido fundado por Pedro Santana Lopes. Em 2019 foi cabeça de lista às legislativas pelo distrito de Santarém mas acabaria por ser juntar ao recém-formado partido da extrema-direita, tornando-se num dos nomes mais próximos de André Ventura.

COMENTÁRIOS

Alvaro Barreiros
à muito tempo atrás
Não conhecemos cá essa cara.
Deve estar muito bem informado com o que se passa por cá.
M Lucas
à muito tempo atrás
Bom sinal terem de ir buscar um artistas de fora para concorrer cá, significa que há poucos dessa laia na cidade Albicastrense!