Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Idanha: Estudo pedido pela câmara desmente excesso de glifosato

Reconquista - 04/12/2023 - 12:21

Câmara lamenta danos causados por outro estudo "de credibilidade duvidosa".

Partilhar:

Foto CMIAN

O estudo encomendado pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova para determinar as concentrações de glifosato no concelho concluiu que não existe uma elevada concentração deste pesticida, como tinha indicado um outro estudo cujos resultados tinham sido divulgados em setembro.

A análise promovida pela organização europeia Pesticide Action Network Europe e o grupo dos Verdes / Aliança Livre Europeia no Parlamento Europeu tinha encontrado concentrações muito elevadas de glifosato na Herdade da Fonte Insonsa.

A Plataforma Transgénicos Fora, da qual fazem parte organizações como a Quercus, salientava na altura que as amostras recolhidas nesta bio região revelaram concentrações do pesticida “30 vezes mais que o limite legal”.

O estudo pedido pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova ao laboratório do Centro Tecnológico das Indústrias do Couro (CTIC) desmente “totalmente” o estudo divulgado pela Plataforma Transgénicos Fora, cujos critérios a autarquia diz continuar a desconhecer.

A recolha de amostras para o estudo da CTIC foi feita a 21 de setembro, na zona da Fonte Insonsa, na freguesia do Ladoeiro, mais precisamente nas fontes das Pias, Grande e Pequena.

Foram ainda recolhidas amostras da rede pública de distribuição de água na escola do Ladoeiro e de água de abastecimento público e do furo na Fonte Insonsa.

“O laboratório efetuou as análises e emitiu os relatórios de resultados. E estes não deixam dúvidas: a concentração de glifosato em todas as amostras realizadas situa-se abaixo do limite do quantificável, isto é, uma concentração inferior a 0,03 microgramas/litro”, informou o município, que lamenta “os danos causados à imagem do concelho por um estudo de credibilidade duvidosa”.

A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova reafirma “a sua oposição à utilização de glifosato e incita as entidades governamentais com responsabilidade nesta matéria a adotar as recomendações da Organização Mundial da Saúde, que classifica este produto como um potencial carcinógeno e apela à proibição da sua utilização”.

 

Notícia corrigida. O comunicado inicial da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova referia "uma concentração inferior a 0,03 miligramas/litro" quando são microgramas, correção que foi comunicada no dia 5.

COMENTÁRIOS

JMarques
No ano passado
Só encomendou o estudo?