Com a recusa do petróleo e do gaz russo no nosso mercado da União Europeia, estes produtos vindos de outros lados aumentaram imediatamente de preço. Os vendedores, vendo uma maior procura, aproveitaram imediatamente para inflacionar o seu preço e conseguirem maiores lucros. Isto teve como consequência a subida de preços de tudo o que precisa destas fontes de energia: eletricidade, papeleiras, transportes, companhias aéreas, oleaginosas, ovos, pão, bebidas, vestuário, calçado, etc. Sobretudo as maiores empresas, sempre em busca de um lucro maior, de modo razoável ou não, aproveitaram para a escalada dos preços das suas mercadorias; outras como as cerâmicas e o setor têxtil aproveitaram logo para mandar para casa milhares de operários, argumentando com a subida do preço da energia e das matérias primas. Este foi um dos efeitos do conflito entre a Rússia e a Ucrânia e que nos está a afetar a todos os europeus.
Em Portugal as empresas em dificuldade estão a fazer o que é habitual: pedir apoios do Estado e a conseguir esses apoios. Estamos perante uma política de Estado que cobra imensos impostos, e que depois nestas alturas aparece como salvador das empresas através desses impostos cobrados. É o típico Estado/Patrão, Salvador da Pátria nas horas difíceis. Esta crise seria menor, se as empresas e os cidadãos pagassem menos impostos no seu dia a dia. Trabalhamos meio ano para pagar ao Estado e só meio para as nossas necessidades…
Houve 10 países da União Europeia que, depois do embargo de armas à Rússia decretado em 2014, continuaram a exportar para a Rússia armas no valor de 346 milhões de euros e que agora matam os ucranianos. É sempre a mira do lucro.
A única coisa boa que esta guerra nos trouxe foi a morte do covid do qual se deixou de falar na comunicação social. Ainda bem, assim o esperamos.
agostinho.dias@reconquista.pt
Rua de S. Miguel, 3
6000-181 Castelo Branco
reconquista@reconquista.pt
272 321 357 | 272 247 473*
