AO MINUTO Veja os resultados concelho a concelho e oiça as reações dos deputados eleitos
Pedro Reis liderou a lista da AD pelo distrito. Foto arquivo
A AD, coligação PSD/CDS, venceu as eleições legislativas antecipadas no distrito de Castelo Branco, passando de um para dois deputados eleitos.
O PS foi a segunda força mais votada, perdendo um dos dois deputados que tinha até agora.
O Chega reforçou o estatuto de terceira força mais votada, tendo ultrapassado o PS em número de votos no concelho de Castelo Branco, mas mantendo um deputado.
Pedro Reis, o cabeça de lista da AD, disse ao Reconquista que o PSD e o CDS procuraram “fazer uma campanha pela positiva, com propostas concretas e, acima de tudo, ouvindo as gentes da Beira Baixa”.
O deputado eleito, que agradeceu aos adversários pela elevação da campanha, afirmou que “a caminhada começa agora”, mas não fala para já num regresso ao Governo, do qual ainda faz parte como ministro da Economia.
“Neste momento está a alegria de ter tido a confiança de receber o voto e a responsabilidade que é terem-nos atribuído justamente esse mandato”, afirmou.
O candidato, que não tem ligações ao distrito de Castelo Branco, disse que desta experiência ficou a aprendizagem feita a ouvir as pessoas e a convicção “que não há razão nenhuma estrutural para que o distrito de Castelo Branco não consiga captar mais investimento, não consiga atrair mais gente nova, não consiga ter mais avenidas de futuro, e para isso é importante conseguir-se reforçar a rede de infraestruturas, reforçar o sistema de saúde e de educação, reforçar a atração e a atratividade de empresas, porque tudo o resto que é estrutural e que faz a diferença tem, e as características, as condições todas, vão nos fazer por isso”.
Nuno Fazenda, o cabeça de lista do PS e que foi reeleito, afirmou que é hora de “respeitar aquilo que foi a decisão do povo e continuar a trabalhar de forma intransigente pelas causas do distrito de Castelo Branco”.
Ao Reconquista assumiu que é “evidentemente, uma derrota, mas que se enquadra naquilo que é uma derrota com maior intensidade no país e, portanto, creio que há aqui uma dimensão nacional e que a leitura é muito mais por aí do que por causas intrinsecamente regionais, até porque nós, regionalmente, temos tido um legado e propostas que, de algum modo, visam dar resposta aos desafios do distrito”.
João Ribeiro, que foi reeleito deputado pelo Chega, mostrou-se satisfeito com o reforço da votação em mais de três mil votos, tendo ultrapassado o PS em concelhos como Castelo Branco.
“O nosso distrito, que era o distrito mais socialista do país, deixou de ser socialista, o que é um sinal que as pessoas já perceberam que o socialismo, realmente, empobrece as pessoas e destrói a população”.
Para o deputado é também a prova que o Chega não é um novo PRD, referindo-se ao partido apoiado por Ramalho Eanes na década de 1980.
“Nós estamos a provar que conseguimos manter, reforçar e eventualmente até ficar à frente do PS”.
O também líder distrital do Chega olha agora para as autárquicas com otimismo, depois de ter reforçado a votação em vários concelhos “e a partir de segunda-feira (…) queremos já começar a trabalhar nas autárquicas, para dar boas respostas à população”.
A AD elegeu Pedro Reis e Ricardo Aires, que está no último mandato como presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei.
O PS reelegeu Nuno Fazenda e o Chega João Ribeiro.