PCP: Deputada avalia impacto dos incêndios

Reconquista - 25/10/2017 - 15:05

O partido constatou que “arderam 4200 hectares de floresta e registam-se ainda povoações sem eletricidade”.

Paula Santos está a visitar vários concelhos atingidos pelos incêndios. Foto PCP

A deputada do PCP Paula Santos visitou os concelhos do distrito de Castelo Branco que foram afetados pelos incêndios deste mês de outubro.

O roteiro começou com o encontro com os responsáveis das associações de bombeiros da Sertã, Cernache do Bonjardim e de Oleiros, seguindo-se a visita a zonas ardidas e a um encontro com a Câmara Municipal da Sertã.

“Esta ação do PCP tem como objetivos demonstrar solidariedade às populações e bombeiros e tomar contacto, nos locais, com os danos causados pelos incêndios, de modo a poder fundamentar a sua ação aos diversos níveis”, justificou em comunicado a Direção da Organização Regional de Castelo Branco do PCP.

Após esta visita o partido constatou que “arderam 4200 hectares de floresta e registam-se ainda povoações sem eletricidade”.

“Das áreas e povoações visitadas constata-se que não há limpeza, os custos para os pequenos proprietários são avultados, existem árvores em cima das estradas e das casas e não há remoção dos resíduos. Há um contínuo de mancha florestal (pinheiro bravo e eucalipto) sem qualquer tipo de quebra o que facilita a progressão do fogo e dificulta o trabalho dos bombeiros. Os poucos caminhos que existem no meio da floresta foram abertos pelas pessoas para conseguirem transportar a madeira. Não existe diversificação da Floresta; não há fiscalização, nem patrulhamento da floresta”, diz o PCP em comunicado.

Paula Santos é deputada da Assembleia da República e acompanha habitualmente os assuntos relacionados com o distrito de Castelo Branco, onde o PCP não tem deputados eleitos.

Esta visita aconteceu uma semana depois de ter estado em Vila Velha de Ródão, onde almoçou com apoiantes da CDU nas últimas eleições e também visitou as áreas ardidas neste concelho.

“Na visita que fez ao Castelo e às Portas de Ródão, puderam ser testemunhados os estragos materiais e ambientais resultantes do grande incêndio que ocorreu no mês de julho, assim como se viu e sentiu a poluição permanente no ar e no rio Tejo”, resume o partido em comunicado.

A questão das celuloses, a necessidade de terminar com as portagens na A23 ou “o péssimo serviço que a CP presta” foram outras questões levantadas.