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Retratos: Amizade

JC - 05/05/2022 - 9:59

A romaria do Burgo voltou a encher o santuário que as saudades eram muitas. - “É caso para dizer que a fé move montanhas!”, disse Jeremias, presidente da Brigada do Reumático que no feriado do Condado não só participou na eucaristia e na procissão, como no repasto que se seguiu.
- “A fé e as sardinhas!”, referiu, com a satisfação de quem gosta das ditas a pingar no pão, Godofredo, secretário-geral da BR, que um dia antes participou no encerramento das comemorações dos 75 anos do edifício do Liceu. 
- “Ainda me lembro da primeira vez que lá entrei e dos professores que tive. Eram outros tempos e, embora com turmas mistas, ao intervalo a malta tinha que ir para um pátio e as meninas para o outro”, recordava Evaristo, presidente do Conselho Fiscal da Brigada, na altura já com queda para as contas.
A conversa prosseguia à mesa do convívio que a BR promoveu para os seus associados. -“Quase que não tínhamos espaço para fazermos o que sempre fizemos. Vim cá na sexta-feira a reservar o local”, justificou Jeremias, para quem a romaria ganhou uma dimensão que não pode ser comparada com a de outros tempos.
- “Hoje os hábitos são diferentes. Já quase ninguém traz o farnel e a tradição passou a ser degustar a sardinha com feijão frade numa das muitas «barraquinhas» que compõem o espaço da restauração do evento. Mas o convívio mantém-se e há toda uma economia que gira em torno da romaria e que não deixa de ser importante”, acrescentou Evaristo.
- “Lá isso é verdade. E todos nós já precisávamos da romaria, de estar uns com os outros que o covírus deu cabo de todas essas coisas boas...”, concluiu Godofredo, enquanto propunha um brinde à amizade.

JC

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