Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Futebol: Investir para mais tarde colher…

Artur Jorge - 16/12/2020 - 15:03

O futebol corre nas veias de Alexandre Rodrigues, desde que muito novo iniciou um percurso completo nas categorias jovens do BC Branco.

Partilhar:

Alexandre Rodrigues integra a estrutura técnica do SC Castêlo da Maia

O futebol corre nas veias de Alexandre Rodrigues, desde que muito novo iniciou um percurso completo nas categorias jovens do BC Branco, onde foi campeão em iniciados e juniores. Há dois anos saiu de Castelo Branco para estudar no Instituto Universitário da Maia/Instituto Politécnico da Maia (ISMAI/IPMAIA), no Curso de Treino Desportivo.

Quis alargar os conhecimentos desportivos e académicos ao exercício do treino. Encontrou no SC Castêlo da Maia o espaço ideal para alavancar o início de carreira.

É o segundo ano na área do treino?

- “Sim. Iniciei como estagiário em 2019/20 nos sub-13 do SC Castêlo da Maia, da AF Porto. E convidaram-me para permanecer no clube, como treinador adjunto na equipa de sub-23. Tive outros convites para trabalhar em equipas seniores, mas optei por prosseguir um patamar linear e de aprendizagem!”

Está a ser uma boa aprendizagem?

- “Sem dúvida! Há dois ou três anos não imaginaria estar já neste patamar. Mas trabalho para ser diferenciador. Ainda me lembro do primeiro treino que dei: estive dois dias a estudá-lo, para que nada falhasse! Com o passar do tempo, as coisas começaram a fluir naturalmente, também graças ao mister Pedro Roda, que me ajuda constantemente a ser melhor. Ganhei paixão pelo treino”.

É para fazer carreira…

- “O objetivo é esse. Para já, todos os dias são de aprendizagem, quer no campo, quer no meio académico. A minha perspetiva passa por conciliar a vertente de professor de Educação Física com o treino em contexto federado. Já no imediato, tento que os atletas com quem trabalho ganhem paixão pelo treino, sintam prazer em jogar à bola…”

Esta pandemia está a condicionar muito a atividade do clube que representas?

- “É um ano negro para todos os clubes. Nos sub-23 encontramo-nos em competição, com muitas quebras pelo meio. Falo com muitos colegas de clubes do distrito do Porto e desmotivação é a palavra que mais usam. No SC Castêlo da Maia, só nós e os seniores é que estamos a competir. Os outros escalões e o futebol feminino confinam a atividade aos treinos. Não tem sido fácil…”

Como estamos em termos de habilitações desportivas?

- “Conclui o Grau I de treinador o ano passado. Quando acabar o curso superior, basta-me fazer estágio num clube e fico, automaticamente, habilitado com o Grau II. É uma área que estou a explorar com paixão. Quanto maior for o nível de habilitações, mais possibilidades podem surgir”.

Os fins-de-semana acabam por ser sacrificados por este investimento no percurso técnico…

- “Naturalmente que a disponibilidade para ir a Castelo Branco é pouca, pelos jogos. Tento aproveitar as folgas do calendário. Esta época, face a adiamento de jogos por causa de casos de Covid-19 ou de isolamento profilático, tem-me permitido ir mais vezes. Acredito que é um investimento que mais tarde será recompensado.

Tenho um colega que treina no Olival uma equipa dos escalões de formação do FC Porto e que me diz: “os primeiros anos são de investimento, para mais tarde olharmos para trás e pensarmos, valeu a pena!”.

COMENTÁRIOS