Mais de 500 delegados estiveram reunidos em Lisboa no 14.º Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas, mostraram a “permanente disponibilidade para servir”, mas pediram ao estado para “olhar para as políticas sociais”.
Sessenta por cento dos internamentos que não abandonam os hospitais são casos sociais, e para Manuel Lemos “está a falhar mais uma vez o planeamento dos portugueses” que pensam “a quatro anos, cinco anos” e não num período maior, como a 30 anos.
“Em nome da União das Misericórdias, e meu como investigador e estudioso desta matéria, ando há mais de 15 anos a dizer que estamos perante um tsunami social que é o envelhecimento em Portugal. Estamos aqui a assistir ao tsunami na praia, a onda a levar tudo, e também está a levar as pessoas que foram para os hospitais e não têm para onde ir e precisamos de nos sentarmos todos”, desenvolveu.
O primeiro-ministro português encerrou os trabalhos do congresso, na manhã deste sábado, que contou com a presença do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que agradeceu o esforço das Misericórdias Portugueses durante a pandemia, na sessão de abertura, na quinta-feira, 1 de junho.
Em todo o território português existem atualmente 388 Misericórdias, algumas com mais de 500 anos de existência. Apoiando diariamente mais de 165 mil pessoas em todo o país em áreas sociais estratégicas, como a educação, saúde, inclusão socioprofissional, as Misericórdias detêm 23 hospitais e 117 unidades de cuidados continuados