Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Mel: 49 toneladas mexem com economia da região

João Carrega - 25/10/2022 - 18:58

Meltagus diz que extração de mel desceu ligeiramente face a 2019 mas aumentou o processamento de pólen e tratamento da cera.

Partilhar:

A Central Meleira de Castelo Branco extraiu, na campanha de 2022, 49 toneladas de mel. Aquela unidade processou ainda (através da secagem e triagem) dois mil quilogramas de pólen e 15 toneladas de cera. A dimensão obtida leva a autarquia apostar na marca “«Mel de Castelo Branco». Iremos fazer uma promoção de modo a criar dinâmica económica”, diz Leopoldo Rodrigues, presidente da Câmara albicastrense (entidade proprietária da melaria).

As 49 toneladas de mel extraídas significam uma dinâmica grande no setor apícola, promovendo também a dinamização económica na região. “Temos um mel de elevada qualidade, muito assente no rosmaninho, mas também multiflora. Já tivemos medalhas de ouro, pelo que queremos potenciar a marca Mel de Castelo Branco”, adianta o autarca.

Leopoldo Rodrigues sublinha que “a Central Meleira é um projeto que se tem vindo a consolidar. Tem havido uma maior adesão por parte dos apicultores o que revela a sua importância”.

O autarca destaca o “investimento efetuado em bons equipamentos”, dando resposta às necessidades dos apicultores. Para além da extração, do tratamento da cera e do pólen, a melaria está também equipada com uma unidade de embalamento e rotulagem.

Para Leopoldo Rodrigues, o “mel é um dos produtos locais que tem um maior impacto na agroindústria. Continuamos a apostar neste setor, apoiando os apicultores”.

Além da melaria, o presidente revela, que a autarquia em conjunto com a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, “está empenhada em combater a vespa asiática que tem atacado as colmeias”. Neste caso, Leopoldo Rodrigues apela a que todos contribuam para a identificação dos ninhos, para que possam ser destruídos.

MELTAGUS Os números da campanha deste ano são ligeiramente mais baixos no que respeita à extração de mel, face a 2019, mas são superiores no que concerne ao processamento de pólen e tratamento da cera. Ainda assim, se recuarmos a 2017, verificamos que houve uma evolução positiva em todos os produtos (na época extraíram-se 31 toneladas de mel, fez-se a secagem de 182 quilogramas de pólen e tinham sido moldadas duas toneladas de cera).

Odete Gonçalves, da Meltagus – associação que gere a melaria, revela que a quebra de produção de mel se justifica pela “caracterização no ano transato de um inverno ameno, não permitindo às colonias uma completa hibernação, levando-as a uma constante procura de alimentos e, consequentemente ao esgotamento das suas reservas armazenadas. No final do inverno muitas foram as perdas significativas de colonias, com a consequente diminuição de efetivos apícolas”.

Aquela responsável adianta que “esta situação foi substancialmente agravada com uma primavera muito atípica, com as temperaturas de abril e maio bastante baixas, excesso de chuva e vento, condicionando a saída das abelhas na procura de alimento. Factos que levaram a novo esgotamento das reservas alimentares, gerando uma elevada mortandade”.

Por outro lado, diz, “quando as condições meteorológicas permitiram a saídas das abelhas para a procura de alimento, já a floração tinha terminado (por na nossa região predominar o rosmaninho)”.

Odete Gonçalves acrescenta que “a Central Meleira tem vindo a aumentar ano após ano em todos os serviços, extração de mel, secagem e triagem de pólen e por fim a moldagem de cera. Este último produto tem sido uma forte aposta com reconhecimento a nível regional”.

COMENTÁRIOS