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A crónica do Tomé: Isto é que é a universidade!

Vitor Tomé - 11/08/2022 - 9:22

A crónica de julho passa por Bruxelas, Porto, Mangualde, Tbilisi, Istambul e Lisboa, com referências a Castelo Branco.

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A crónica de julho passa por Bruxelas, Porto, Mangualde, Tbilisi, Istambul e Lisboa, com referências a Castelo Branco.
Aterrei em Lisboa, vindo de Chicago, a 2 de julho, a pensar trocar de mala e descolar para Bruxelas, a 5. As notícias sobre o Aeroporto de Lisboa eram tão más! Mas não! Cheguei! Descansei um dia. Na manhã de 4 estava na Universidade do Porto (culpa do Miguel Midões, que é único). O projeto chama-se Forest FM, é dirigido pelo José Azevedo (do ISPUP), e inclui jovens na prevenção de incêndios rurais através de programas de rádio participativos. Aprendi. E partilhei o pouco que sei sobre.
Voltei no dia, pois, a 5 estava já no “Aerolisboa” (vulgo Aeroporto Internacional Humberto Delgado), a caminho de Bruxelas. A horas, tranquilo! A 6, após um dia de trabalho no 70 da Rue Joseph, da Comissão Europeia, com quem sabe muito sobre orientações para professores no combate à desinformação (a 11 de outubro haverá novidades), tive tempo para uma cerveja de paz em Zaventem!
A 7 dediquei o dia aos alunos do Mestrado em Comunicação Aplicada, da Autónoma. Como lhes estou grato pelo que aprendi. Bons trabalhos. Destaco um sobre linguagem neutra no jornalismo. Muito bom! Foi uma discussão até depois das 22h00. Cheguei a casa. Dormi depressa para estar no Oriente às 7 do dia 8 e chegar ao Porto às 10, à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, onde apresentei o projeto de Caneças, sob moderação da professora Carlinda Leite, com quem recordei idos anos, quando eu fazia, com o João Carrega, as conclusões das Jornadas Pedagógicas, do professor António Trigueiros, que muito estimo!
Estava a falar com a Carlinda, quando entrou na sala a minha prima Mónica, homónima da minha Mónica e mulher do primo José, que vive em Ponte de Sor e é doutoranda em Évora. O mundo é pequeno! Tão pequeno que, a meio da tarde já estava eu a caminho de Mangualde, no táxi do até então desconhecido Victor, com quem conversei e aprendi, durante duas horas, até chegarmos ao Hotel Senhora do Castelo. Fantásticas estórias que não posso aqui reproduzir!
Eu e o Victor temos percursos comuns. Tal como tenho com o José Miguel Sousa, ainda diretor do EDUFOR, em Mangualde, em cujas jornadas STEAM participei no dia 9, com uma singela comunicação.
Que mês! Dormi depressa no fim de semana, pois tinha reunião, com amigos polacos, em Lisboa, a 11. A 12, com o Miguel Crespo, dediquei-me à formação de jornalistas em desinformação. E aprendi, claro! A 13 foi dia de reuniões na Autónoma e de exame para a turma do pós-laboral. Horário que se manteve, nas aulas e no dia seguinte, na apresentação do livro “Os 5 Homens que Mudaram Portugal para sempre”, da Isabel Nery, na Almedina, junto ao Rato. Bem-hajas, Isabel. Anda a família a ler o livro que assinaste e ainda não lhe pus a vista em cima!
A 15 rumei, na Turkish, a Istambul. Ainda procurei o Benzema, mas não o encontrei! Nem ele nem o Jesus! (desculpa, Júlio Cruz). Rumei, depois, a Tbilisi, para fechar um projeto de Cidadania Digital da Ilia State University (na foto, no Funicular Restaurant, com o Berika, o Giorgi e a Marika, faltando a Sofiko). É assustador estar num país invadido, paredes meias com a Rússia? Não! No Biltmore, onde fiquei, e na cidade, convivem georgianos, russos, ucranianos, árabes e até alemães, que já preparam estadas ali no inverno, pois não faltará gás. Nem água mineral.
Água não faltou ao final da tarde de 27 de julho, no restaurante do INDEG, no ISCTE, em Lisboa, para celebrar o novo doutor, Jaime Lourenço. Conheci-o na Escola João Roiz, em Castelo Branco, em 2007, como recordei com a dona Maria Antónia, a mãe do novo doutor, cuja humildade é indescritível.
Tinha o Jaime 12 anos e queria trabalhar em jornais escolares. Andava eu a recolher dados para o doutoramento, com professores e colegas dele. Assim foi! Foi depois para a Nuno Álvares. Dirigiu o jornal ‘Dois Pontos’. Seguiu-se a Escola Superior de Comunicação Social. Licenciatura. Mestrado. Precisou a Autónoma de uma pessoa como ele. Sugeri-o pelo valor dele. Lá continua! Sem favor! Só por mérito!
Vai o Jaime ser, felizmente, muito melhor do que eu! Quero, por isso, centrando-me no percurso do Jaime e na minha amizade com ele, assinar este texto com a frase do meu amigo taxista Victor que, chegados a Vouzela, onde parámos para um café, apontou para o táxi de 25 anos e disse:
- “Isto é que é a Universidade”.

Vitor Tomé
(vtome@autonoma.pt)

COMENTÁRIOS

JMarques
à muito tempo atrás
P. Sor/Zé Aug/S.S.Simão/M.Peres
Sandra Rijo
à muito tempo atrás
Olá, viva, Vitor.
Muito bom, como sempre!
Grata pela belíssima partilha.
Abraço.
Sandra
Mónica Prates
à muito tempo atrás
Que surpresa boa, quando vi o teu nome numa das comunicações. Afinal não estava assim tão "sozinha", por ali havia alguém dos meus. 🙏