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A importância da opinião: Notas soltas sobre as "crónicas" no Reconquista

Mário Boavida Remédio - 24/11/2016 - 10:09

1. Há que admitir, indubitavelmente, que boa parte das “crónicas” publicadas no Reconquista ao longo da sua já apreciável existência jornalística (desde meados dos anos 40, com o 71º aniversário muito recente) se caracterizou, tanto na forma como na substância, em primeiro lugar, pela natureza aliciante das temáticas abordadas por cronistas oriundos de várias e diversas áreas profissionais e, depois, por uma colaboração mais ou menos assídua e mais ou menos longa, que a dedicação ao jornal terá motivado e sustentado, conciliada com a actividade profissional e os afazeres familiares.

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1. Há que admitir, indubitavelmente, que boa parte das “crónicas” publicadas no Reconquista ao longo da sua já apreciável existência jornalística (desde meados dos anos 40, com o 71º aniversário muito recente) se caracterizou, tanto na forma como na substância, em primeiro lugar, pela natureza aliciante das temáticas abordadas por cronistas oriundos de várias e diversas áreas profissionais e, depois, por uma colaboração mais ou menos assídua e mais ou menos longa, que a dedicação ao jornal terá motivado e sustentado, conciliada com a actividade profissional e os afazeres familiares.
E, assim, todas as citadas características têm certamente contribuído ao longo do tempo para alimentar, em certa medida, o agrado e a adesão/ fidelidade da generalidade dos leitores e assinantes do “nosso” jornal Reconquista.

2. Entre esse conjunto de cronistas não poderemos deixar de evocar e recordar com ênfase o professor António Frade, com as suas cativantes “cousas e lousas”, e o médico José Freitas Silva, ambos já falecidos, como se sabe. Elenco também com destaque as crónicas da advogada Ana Calmeiro, dos professores Florentino Beirão e João Lourenço Roque, e do meteorologista Costa Alves.
Eu próprio, como beirão que se preza, natural da freguesia da Zebreira, dei ao Reconquista a minha colaboração, porventura modesta, começando por assegurar no começo dos anos 60 várias crónicas de teor económico-financeiro durante o período de três anos em que trabalhei na OCDE, em vários dos seus “comités”, em representação do país, e do Banco de Portugal a cujo quadro técnico de economistas pertencia. Os textos dessas crónicas eram então enviados por mim directamente de Paris para o jornal em Castelo Branco. Essa colaboração só viria a ser retomada muitos anos mais tarde com algumas crónicas publicadas no período Abril 2005/ Novembro 2006, então já na situação de reformado do Banco de Portugal. A uma primeira crónica evocativa das minhas férias de estudante na Zebreira, nos já remotos anos 40 e 50, seguiram-se outras que designei genericamente por “reflexões”, dissertando sobre temas da actualidade dessa altura como, entre outros, “a concorrência dos jornais gratuitos” (ex. Metro e Destak), “o tabagismo activo e passivo”, “os jovens na sociedade actual”, “a concorrência e instabilidade no emprego” e “edições em papel versus edições digitais”.

3. A par da necessária e inevitável renovação e actualização tecnológica do próprio semanário Reconquista a que felizmente temos vindo a assistir, com entusiasmo, o historial das suas “crónicas” tem sido enriquecido com o aparecimento de novos colaboradores e a abordagem de novas temáticas. Tal evolução era, no fundo, expectável e ainda bem que tal ocorreu já que, no meu entender, uma boa crónica sempre contribuiu e contribuirá sempre, em qualquer jornal, para criar e manter a expectativa pela chegada até nós, leitores em geral, assinantes, semanalmente (às nossas caixas do correio ou por via digital), da esperada edição do Reconquista. Mas, no fundo, há que reconhecer, sem ambages, o facto de as “crónicas” em epígrafe, por mais bem elaboradas e interessantes que sejam, apenas complementarem todo o basilar e essencial conteúdo informativo/ noticioso, entrevistas, reportagens dum jornal regionalista, que incorpora o chamado jornalismo de proximidade e que tem sido assegurado, e continuará a ser, pelos profissionais qualificados, e com credibilidade, que têm trabalhado e trabalham na respectiva Direcção e Redacção.

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