Marie Bartz esteve no Agrupamento de Escolas a convite do Clube de Ciência Viva, onde abordou o tema “Solo: um universo inexplorado e desvalorizado”.
Investigadora captou a atenção dos mais novos
Marie Bartz, especialista em Biologia do Solo e Ecologia e Taxonomia de Minhocas e Conservação do Solo, esteve no Agrupamento de Escolas José Sanches e São vicente da Beira, em Alcains, a convite do Clube de Ciência Viva, onde abordou o tema “Solo: um universo inexplorado e desvalorizado”.
Investigadora no Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de Idanha-a-Nova, através do Centro de Agricultura Regenerativa e Biológica (CARe-Bio), e no Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, Marie Bartz começou a sua apresentação por abordar o significado do solo, afirmando que “sabemos muito pouco sobre o solo e não lhe damos a devida importância”, exemplificando que “a generalidade das pessoas revela alguma repugnância quando se fala da terra, pois é algo que suja”.
Quanto à sua importância sublinhou que “numa mão cheia de terra (solo) há mais seres vivos (microorganismos) do que seres humanos no planeta”, acrescentando que, “um centímetro de solo leva 500 a mil anos a formar-se e menos de um minuto para ser destruído”, reiterando a ideia de que este é um tema desvalorizado. Revelou ainda que “em todo o mundo há, somente, 10 taxonomistas de minhocas mas, existem milhares de milhões de espécies por descobrir”. Para o final a investigadora guardou uma surpresa: a observação de algumas espécies de minhocas e insetos.
“Saímos da palestra a ‘olhar para o Solo de outra forma’, a compreender melhor o que se passa ‘debaixo dos nossos pés’ e de que forma isso está relacionado com a vida dos seres humanos. E tudo isto acontece no Clube de Ciência Viva, onde estamos sempre dispostos a desmontar significados”, rematou a equipa organizadora do evento.