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Aldeia de Corgas: Resinagem celebrada como marca da povoação

Reconquista - 03/11/2022 - 8:00

“Os filhos da resina” foi o nome da sessão cultural que teve lugar nas Corgas e que voltou a destacar o papel deste produto endógeno como marca desta povoação de Proença-a-Nova.

 

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A resinagem foi uma das grandes fontes de rendimento na aldeia

“Os filhos da resina” foi o nome da sessão cultural que teve lugar domingo, dia 30 de outubro, na aldeia de Corgas e que voltou a destacar o papel deste produto endógeno como marca desta povoação do concelho de Proença-a-Nova.

A sessão dividiu-se em cinco pontos, tendo contando com a moderação de Elsa Ligeiro, responsável da editora e produtora cultural Alma Azul, e intervenções de João Lobo, presidente do Município de Proença-a-Nova, Paulo Martins, presidente da Associação Desportiva Cultural e Recreativa das Corgas (ADCRC), e Paula Reis, deputada socialista eleita pelo círculo de Castelo Branco para a Assembleia da República.

“Está aqui bem demonstrado que não é a dimensão do lugar, nem a condição deste que faz a diferença relativamente ao que as comunidades podem criar”, começou por destacar João Lobo. Na ótica do autarca, a dinamização deste tipo de atividades vai de encontro ao trabalho conduzido pelo Município. “Também pela cultura, na vertente da escrita em prosa e da poesia, se traduziu através da escolha da resina como tema para os textos do Prémio Literário 2022, porque muitas pessoas desta povoação foram resineiros e conseguiram criar bastante valor a partir desta atividade”, reiterou.

Além do ponto de vista cultural, o presidente da Câmara Municipal apontou ainda ao ordenamento do território como uma das principais preocupações, recordando que também faz parte da linha estratégica do Município. “As Corgas estão inseridas numa área de intervenção e gestão da paisagem, revelando aquilo que é o futuro próximo dos nossos territórios. É essa preocupação de olhar para o território e ordená-lo na sua generalidade”, acrescentou o edil.

À abertura seguiu-se a declamação e apresentação de poemas e textos sobre a resina e outros trabalhos de diferentes vertentes, entre os quais o poema “Sabor do sol e da resina", de Luís Aguiar; "Néctar que mudou vidas", de Virgílio Moreira; e “Sonhos dos filhos da resina", de Idalina Chícaro. Foram ainda apresentados os livros/textos “Livros à lareira com chá”, de Dora Silva e “Aberto para sempre o coração de mais uma estação”, de Sandra Inácio Tavares, entre outros momentos culturais.

A deputada Paula Reis, afirmou haver “um fio condutor entre todos os presentes: o amor à terra, seja ela qual for”. Este amor “liga-nos e faz-nos pensar sobre a melhor forma de interagir com ela e de a tentar salvaguardar por todas as maneiras. E este sentimento não se desliga dos poetas, que também transmitem esse sentimento. Não conheço de perto e ao detalhe a vida dos resineiros, mas aquilo que nos une é a emoção que isso nos traz e que nos faz voltar a cada vez. Obrigado às Corgas por manter viva este sentido de pertença e de comunidade”.

COMENTÁRIOS

JMarques
à muito tempo atrás
Ainda bem que a extração de resina quase acabou, porque para as novas gerações estaria muito calor e muito cansados para proceder à sua extração/colheita.