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Andebol: Benfica não facilitou em Castelo Branco

Artur Jorge - 19/12/2020 - 16:07

AD Albicastrense deu a réplica possível ao conjunto dirigido pelo espanhol Chema Rodriguez. Encarnados seguem para os “oitavos” com um triunfo tranquilo (28-15).

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Vitória tranquila do Benfica em Castelo Branco mas com boa réplica da Albicastrense (15-28)

Quando já perto do final do primeiro tempo, João Roque recebeu sobre os 6 metros e bateu o guardião Gustavo Capdeville, cerrando o punho de regozijo, estava “ganha” a receção ao SL Benfica. A Associação Desportiva Albicastrense (ADA) foi afastada pelos encarnados nos 1/16 avoas de final da Taça de Portugal (15-28), mas há meninos que nunca mais esquecerão a manhã do último sábado. O pivô é, seguramente, um deles. A dedicação e persistência mereceram, amplamente, aquele momento. Mas o pivô ainda conquistou um livre de sete metros e enviou uma bola ao poste.

“Os jogadores de Castelo Branco mereciam este momento. Vão poder dizer: eu joguei contra o Benfica”, destacou José Curto. O treinador da ADA confessou que o plano de jogo passava, precisamente, por proporcionar este registo a João Roque, Gonçalo Esteves, João Poças e companhia. Porque, mais golo menos golo, sabia-se que o Benfica carimbaria no Pavilhão Afonso de Paiva o apuramento para os “oitavos”.

O cruzamento com o Benfica merecia outro envolvimento e que os adeptos do andebol pudessem desfrutar. A pandemia de Covid-19, com jogos à porta fechada, retirou impacto ao momento, mas quem viu pelo streaming ou em diferido na BTV, há-de concordar que houve um cheirinho do melhor andebol, obviamente proporcionado pela categoria dos intérpretes encarnados (como o lateral brasileiro Luciano Silva ou o ponta alemão Ole Rahmel), mas também com apontamentos dos executantes da ADA. Pena que a equipa de Castelo Branco não pudesse contar com o melhor marcador, Tiago Carmo, a contas com uma lesão.

Chema Rodriguez, o treinador espanhol do Benfica, mostrou respeito pelo antagonista. E entrou com a ‘artilharia’ para ir desanuviando com quem tem menos minutos à medida que o resultado ia sendo feito. A ADA, refira-se, esteve na discussão do marcador até aos 20 minutos, quando desperdiçou um ataque para a a igualdade a seis. Ao intervalo, já o mais conceituado liderava por quatro golos de diferença (7-11).

CURTO Questionado à margem da partida com o Benfica sobre a irregularidade de resultados no campeonato da 2.ª divisão, o treinador José Curto referiu: “Se há equipas que treinam regularmente e estão a sentir dificuldades com toda a incerteza de quando se realizam os jogos, imagine quem como nós não tem oportunidade de juntar durante a semana os jogadores! Não é fácil estarmos duas ou três semanas parados e depois realizar dois jogos num fim-de-semana. Estamos a melhorar como equipa, mas em condições normais este grupo de jogadores valeria muito mais”, advogou Curto.

Pavilhão Afonso de Paiva. Árbitros: Daniel Freitas e César Carvalho.

Albicastrense: E. Borges e J. Poças; F. Matsumoto (1), Filipe Félix, J. Gonçalves, G. Esteves, T. Arrojado (2), F. Nicolau, F. Malhão (1), B. Roberto, João Roque (2), D. Gomes (3), Tiago Sousa (2), José Rebelo (5). Treinador: José Curto.

Benfica: G. Capdeville; Lazar Kukic (2), F. Pereira (3), João Pais (2), C. Martins, Ole Rahmel (6), P. Moreno (2), P. Loureiro (1), M. Suholeznik (2), G. Cavalcanti (1), Arnau Garcia (1), K. Nyokas, B. Moreira, G. Tavares (3), Luciano Silva (5). Treinador: Chema Rodriguez.

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