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Brincar, Socializar, Prevenir e Educar

Bruno Trindade - 27/05/2021 - 9:32

Quanto estamos prestes a celebrar o Dia Internacional do Brincar e abordar o brincar como uma terapia, pode parecer uma teoria menor, mas, tendo em conta os constrangimentos causados por este confinamento, é a melhor ferramenta terapêutica para ajudar as crianças numa fase pós-pandémica.
Brincar, Socializar Prevenir e Educar são um conjunto de recursos essenciais para o crescimento do ser humano, com estratégias do processo educativo no contexto da educação não formal e nas suas metodologias de intervenção sociais e educativas. 
A aplicação deste tipo de metodologias, auxiliam na identificação, prevenção e resolução das problemáticas comportamentais que tanto afetam as crianças e têm uma influência direta no sucesso educativo e no seu crescimento. As dinâmicas de intervenção da brincoterapia têm como objetivo exemplificar estratégias de socialização e pedagógicas para facilitar a elaboração e implementação de planos de ação ou intervenção, tendo sempre como base os preceitos da Animação Sociocultural.
A relevância da Animação Sociocultural no contexto educativo verifica-se ao nível da aplicação da componente lúdica no sistema educativo. O “brincar” é intrínseco à criança e, sendo a educação o ponto de partida para a formação do ser humano, o sistema de aprendizagem tem na componente lúdica uma ferramenta básica para a construção do saber. É fundamental que a vertente educativa esteja associada ao lúdico: o brincar, na componente do jogo e do lazer, é essencial na infância. 
Mas, será que “brincar” atualmente mantém as mesmas premissas que há dez anos atrás? Brincar, nos dias de hoje, tornou-se uma tarefa difícil devido a agentes externos que influenciam as crianças. A vertente tecnológica tem vindo a ganhar espaço e a afastar as crianças da essência do brincar, ou seja, a aquisição de regras sociais e da capacidade de socializar (apreendidas intuitivamente através das brincadeiras infantis) está a ficar comprometida e, consequentemente, compromete também o desenvolvimento e a formação da criança como ser humano.
A convivência social e o descobrir pela experiência, essenciais para um crescimento equilibrado, têm vindo a ser relegados para um segundo plano. Este facto leva a que muitos educadores afirmem que as crianças “não sabem brincar”, uma vez que brincar deixou de ter a função intrínseca de instruir regras e valores, que eram adquiridas com os jogos e atividades pré era tecnológica.
É consenso geral que socializar e educar estão relacionadas com o “brincar”, assim, é fundamental associar as vertentes educativa e comportamental à componente lúdica. As mais valias que o “brincar” aporta ao desenvolvimento infantil são incontestáveis. A Animação Sociocultural, enquanto utilizadora de uma metodologia assente no lúdico e na educação não formal, usa a “Brincoterapia” para atingir os seus objetivos. Mediando as brincadeiras e os jogos das crianças, o profissional de Animação Sociocultural potencia uma aprendizagem lúdica, preponderante e facilitadora das aprendizagens, estimulando a aproximação ao contexto educativo. 
Pode-se Concluir, então, que a Animação Sociocultural, pode ser uma área de intervenção socioeducativa, onde os técnicos de Animação Sociocultural tem um papel preponderante na “mediação” das brincadeiras e dos jogos das crianças, facilitando a aprendizagem lúdica no contexto educativo.

“Brincoterapia”: a ferramenta para Brincar, Socializar, Prevenir e Educar. 
btrindade30@hotmail.com

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