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Assembleia Diocesana da Pastoral Social: O “ateísmo prático”

- 25/02/2016 - 10:31

O Auditório Municipal de Vila de Rei recebeu, no passado dia 20 de fevereiro, mais de duas centenas de pessoas, entre sacerdotes, membros das Misericórdias e outras instituições sociais.

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Um aspeto da assembleia

O Auditório Municipal de Vila de Rei recebeu, no passado dia 20 de fevereiro, mais de duas centenas de pessoas, entre sacerdotes, membros das Misericórdias e outras instituições sociais, e representantes dos vários grupos e movimentos pastorais da diocese de Portalegre e Castelo Branco, para participar na 7ª Assembleia Diocesana da Pastoral Social e Mobilidade Humana, organizada pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Social e Mobilidade Humana. 
Esta Assembleia teve como tema principal “A Misericórdia – Coração da Identidade Cristã”.
Depois da sessão de abertura, assistimos à brilhante comunicação do teólogo Doutor Juan Ambrosio, professor da Universidade Católica, que se debruçou sobre o tema “A Misericórdia: Inspiração para a reflexão e motivação para a ação”. Afirmou: “Acreditar que Deus é Misericordioso significa perceber que não é um Deus impassível mas que se preocupa e se deixa comover com o ser humano”. Esta misericórdia tem consequências para a vida do cristão e para a vida pastoral da Igreja, exigindo muito mais do que uma organização caritativa, ou sociopolítica da Igreja. A misericórdia não se reduz a uma dimensão moral, nem espiritual, mas tem a ver com o próprio acreditar, é critério para sermos cristãos, A parte da tarde foi preenchida com uma mesa redonda, com a presença da Vice Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Rei; Anacleto da Silva Batista, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sardoal; David José Esteves, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Amieira do Tejo, e o Pe. Américo Ribeiro Agostinho, assistente diocesano da Cáritas. 
Estas instituições, procuram no seu dia-a-dia ser também o “Rosto de Misericórdia” no tratamento que dão aos utentes, com carinho e palavras de esperança, mostrando o caminho à luz do Evangelho.
O Sr. Bispo, destacou o papel que as quarenta Misericórdias e Centros Sociais Paroquiais têm ao nível da ação social, na diocese. No entanto, salientou que estas instituições não podem ser espaços de “ateísmo prático”, onde “não se tem nada contra Deus, mas faz-se tudo sem Deus”. Nas Santas Casas da Misericórdia, a Misericórdia também se exerce falando dos sacramentos, da Santa Unção, pois muitos dos utentes foram pessoas que frequentaram a Igreja. Referiu ainda que qualquer Santa Casa da Misericórdia deve ter um projeto de formação de qualidade, formação na fé para os colaboradores para que estes tenham consciência de pertença. Jesus Cristo é o Rosto de Misericórdia, e nós somos todos rostos de Cristo, que confiou em nós para que fossemos em Seu nome e, para irmos, temos de saber o que vamos fazer. Daí a necessidade de formação.
Concluiu, dizendo que estas jornadas são também uma ocasião para revitalizar a nossa fé, a nossa consciência de pertença a uma diocese, fazendo-nos olhar para dentro de nós e dizer: “vede como eles se amam”.

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