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Autárquicas: BE recua 20 anos em número de votos em Castelo Branco

José Furtado - 01/10/2021 - 10:01

Margarida Paredes ficou "muito triste" com o resultado obtido.

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Margarida Paredes votou na Escola Secundária Nuno Álvares. Foto Júlio Cruz/ Reconquista

O Bloco de Esquerda teve um dos piores resultados desde a sua estreia em eleições autárquicas em 2001 e não vai estar representado na Assembleia Municipal de Castelo Branco e na Assembleia de Freguesia de Castelo Branco.

A queda acontece quatro anos depois de o partido ter obtido os melhores resultados de sempre, chegando em 2017 perto dos 1200 votos para a câmara e ultrapassando os 1600 na assembleia, onde teve sempre representação desde 2005. Desde 2001 que crescia, sem exceção, de eleição para eleição. No domingo recuou 20 anos no número de eleitores.

Margarida Paredes ficou “muito triste” com o resultado das eleições, que na sua opinião “reflete uma lógica nacional e não apenas local”, como foi assumido pela líder Catarina Martins. Ao nível local fala numa “dispersão de votos que penalizou o Bloco”, com a passagem de muitos desses votos “para os três novos partidos que concorreram”.

Lamenta sobretudo que não tenha sido possível reeleger José Ribeiro para a assembleia municipal. Apesar do resultado “deixamos um legado que se manifesta numa maneira diferente de fazer política, aproximando a política dos cidadãos e defendo causas prementes”, entre as quais identifica o ambiente, a habitação, o emprego ou o combate aos vários tipos de discriminação. “Tenho esperança que, no futuro, as agendas políticas do Bloco venham a repercutir na comunidade albicastrense”.

Na resposta ao Reconquista, feita por escrito, Margarida Paredes começou por dar os parabéns a Leopoldo Rodrigues e ao PS, lamentou e confessou revolta por haver apenas nove por cento de mulheres eleitas presidente de câmara e garantiu que não vai ficar quieta.

“Eu sou uma ativista política que não se omite de defender as causas em que acredita por isso continuarei a intervir politicamente no concelho onde vivo”, salientando que não é militante do BE mas do Livre, algo que nunca escondeu.

A campanha “foi muito importante para conhecer os problemas do concelho e os albicastrenses”, sentindo-se agora mais perto da realidade do concelho onde vive há apenas dois anos. “Agora as pessoas reconhecem-me e sabem quem eu sou. Confesso que, em Castelo Branco, me sinto em casa”.

 

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