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Autárquicas: Chega quer auditar contas e atribuição de casas

José Furtado - 20/09/2021 - 18:38

André Ventura diz que Castelo Branco “é um dos distritos onde mais criminalidade existe”.

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André Ventura e Rui Paulo Sousa centraram os discursos na corrupção e nas minorias. Foto Reconquista

O candidato do Chega à presidência da Câmara Municipal de Castelo Branco promete avançar com uma auditoria às contas da autarquia durante a gestão socialista e à atribuição de habitações camarárias “às diversas etnias ou minorias nos últimos 20 anos”, prometendo agir judicialmente contra os inquilinos e a câmara se tal for necessário. Rui Paulo Sousa diz que no concelho há um clima de corrupção, compadrio e a subsidiodependência mas também de crescente insegurança.

O partido fez no domingo um comício no centro da cidade (que começou com cerca de duas horas de atraso) onde o candidato do Chega insistiu que o concelho vive uma onda de criminalidade que atribui aos imigrantes e à comunidade cigana, insistindo que a familiar de uma das suas candidatas foi roubada e agredida por um elemento desta, apesar de a PSP ter confirmado ao Reconquista que o autor não foi identificado. Segundo Rui Paulo Sousa houve uma outra tentativa do género e com os mesmos culpados. O líder do partido, André Ventura, foi mais longe ao afirmar que este “é um dos distritos onde mais criminalidade existe”, secundado pelos cerca de uma centena de apoiantes que no centro cívico gritavam “vergonha”. O último Relatório Anual de Segurança Interna indica uma subida dos casos de criminalidade violenta entre 2019 e 2020 (de 91 para 111 casos) mas uma descida da criminalidade em geral (de 5776 para 5053 casos).

Rui Paulo Sousa diz que os candidatos e apoiantes do Chega “que são os portugueses de bem” estão a ser perseguidos e despedidos “porque enfrentam esta câmara socialista”. Castelo Branco “tornou-se um exemplo deste regime de corrupção e compadrio”, aludindo às ligações familiares entre o candidato independente Luís Correia e o cabeça de lista do Partido Socialista Leopoldo Rodrigues mas também ao apoio dado pelo atual presidente, José Augusto Alves, ao candidato independente, por aceitar presidir à sua comissão de honra. Ventura voltou a disparar contra o antigo presidente e candidato independente e o processo que levou à sua perda de mandato. “Eu imaginei o que é contratar uma empresa por lapso. E por lapso ser logo a empresa do pai. Há coisas do diabo dos socialistas em Portugal”.

O cabeça de lista do Chega diz que os trabalhadores da Dielmar ficaram no desemprego “por falta de intervenção da autarquia” e as habitações camarárias “destinam-se essencialmente a elementos de etnia cigana”. Sobre a Dielmar, André Ventura diz que o Estado não pode fechar a torneira dos apoios à empresa e abri-la para acolher refugiados, aos quais diz que dá tudo.

COMENTÁRIOS

JMarques
à muito tempo atrás
Em C. Branco reina a impunidade, mas não detém o exclusivo, é o estado a que chegou a justiça, que só se aplica a alguns e a outros a lei não passa de mera recomendação.