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Autárquicas: Rio confia na vitória em Castelo Branco

José Furtado - 16/09/2021 - 11:53

O presidente do PSD não entende como é que uma câmara que diz ter 100 milhões de euros no banco não está disposta a diminuir a carga fiscal.

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Rio fez campanha com João Belém no centro da cidade. Foto Reconquista

O presidente do Partido Social Democrata quer aproveitar “uma divisão muito pesada” do Partido Socialista em Castelo Branco para “se bater taco a taco com as outras candidaturas” e regressar à presidência da câmara municipal quase 25 anos depois. Rui Rio esteve na cidade em campanha para apoiar João Belém e uma candidatura de coligação PSD, CDS e PPM com a qual “pela primeira vez desde há muito tempo temos possibilidade de ganhar a câmara de Castelo Branco”.

Na passagem em frente aos paços do concelho, após atravessar demoradamente a avenida Nuno Álvares, ouvia-se entre a comitiva a esperança de poder subir as escadas do edifício na noite de 26 de setembro para fazer a festa. Questionado pelo Reconquista sobre a escolha de um candidato que não foi proposto pela concelhia, Rui Rio alegou que não havia unanimidade, embora esta tenha sido a posição tanto da concelhia como da distrital.

“Se há unanimidade localmente e as pessoas que lá estão conhecem a realidade tenderá a direção a concordar como acontece em quase todos os sítios. Quando assim não é temos de arbitrar”, disse Rio, que assume que fez uma opção por João Belém. Se na escolha do candidato houve mão da direção nacional, no pós eleições garante que não haverá. “O presidente, uma vez eleito, é completamente livre de dar os pelouros a quem quer”, garante, não fechando por isso a porta a entendimentos. Em Castelo Branco a candidatura de João Belém uniu todos os partidos tradicionalmente à direita, com exceção do Chega.

O presidente do PSD, que durante vários mandatos liderou a segunda maior cidade do país, não entende como é que uma câmara que diz ter 100 milhões de euros no banco não está disposta a diminuir a carga fiscal e a investir na criação de emprego.

“Se é para o dinheiro ficar no banco porque é que cobram o máximo de alguns impostos? É um concelho que está estagnado face àquilo que podia estar”, disse Rio, que insistiu: “uma câmara municipal que tem 100 milhões à ordem e estes problemas eu pergunto para que é que quer o dinheiro”.

O presidente do PSD também criticou o Governo no dossiê Dielmar, acusando-o de ter atribuído vários milhões de euros à administração da empresa de Alcains sem assegurar que esta faria uma boa gestão.

“Andou mal o Governo ao ter aqui posto dinheiro sem critério e queimou os impostos dos portugueses”, acusou.

Depois das declarações aos jornalistas a campanha seguiu em direção ao centro cívico, onde Rui Rio e João Belém se deixaram fotografar com César Vila Franca, o último social-democrata a ocupar a cadeira de presidente.

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