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Barragem: Autoridades investigam morte de peixes em Santa Águeda

José Furtado - 20/04/2022 - 16:02

GNR e APA recolheram amostras de água. Plataforma diz que outros problemas detetados na albufeira não só não foram resolvidos como se agravaram.

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Peixes mortos podem ser encontrados em vários pontos da barragem. Foto Reconquista

As autoridades estão a investigar as razões do aparecimento nos últimos dias de peixes mortos na barragem de Santa Águeda, no concelho de Castelo Branco.

Os relatos feitos no final da passada semana através das redes sociais davam conta de dezenas de peixes mortos junto às margens.

O Reconquista esteve no local encontrando perto de uma dezena de peixes dispersos numa extensão de cerca de dois quilómetros entre o paredão e o cerejal.

Contactado pelo Reconquista, o Comando Territorial de Castelo Branco da GNR confirmou que teve conhecimento que na albufeira “se encontravam peixes mortos, maioritariamente pimpões” e que juntamente com a delegação da Agência Portuguesa do Ambiente de Castelo Branco “deslocaram-se ao local elementos da Guarda que procederam à recolha de seis amostras de água de diversos locais da albufeira, que foram enviadas para análise em laboratório”.

A GNR diz que a situação “continuará a ser seguida pela Guarda Nacional Republicana, em estreita colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente”.

O Reconquista também contactou a APA, que ainda não respondeu.

A Plataforma de Defesa da Albufeira de Santa Águeda/Marateca esteve esta quarta-feira no local para avaliar a situação.

Samuel Infante disse ao Reconquista que foram detetados peixes mortos em vários pontos da barragem “e o aparecimento de uma espuma de cor esverdeada-amarelada”.

O dirigente da Quercus de Castelo Branco, uma das entidades que faz parte desta plataforma, garantiu ainda que “todos os outros problemas ambientais denunciados pela plataforma continuam ou estão piores, nomeadamente os caminhos, as construções ilegais, o abeberamento de gado na massa de água na albufeira, as plantações ilegais” entre outros casos.

A barragem de Santa Águeda estava no final de março com uma armazenamento de 92,9 por cento, abaixo do registado há um ano mas acima da média para a época.

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