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BC Branco: Rosto da oposição critica empréstimo e estranha demissões

Reconquista - 20/05/2020 - 12:12

Miguel Fradique emitiu um comunicado a criticar o empréstimo realizado junto da FPF, no âmbito das medidas de apoio face à Covid-19, e a estranhar as demissões.

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Miguel Fradique mantém-se como rosto da oposição a Jorge Neves

Miguel Fradique, candidato derrotado das eleições de há um ano no Benfica e Castelo Branco, vem a terreiro, através de um comunicado enviado às redações, contestar o empréstimo que os atuais responsáveis fizeram junto da FPF, no âmbito das medidas de apoio face ao impacto da pandemia, e abordar outros assuntos do clube, entre os quais as demissões do vice-presidente António Belo e do secretário-geral Jorge Gomes.

O comunicado na íntegra:

Decorrido um ano após o processo eleitoral mais participado da história do nosso Sport Benfica e Castelo Branco deparamo-nos com um momento crítico, não só derivado à atual situação pandémica que pessoa alguma conseguiria prever, e da qual não devemos apontar culpas a quem quer que seja, mas também em virtude de uma série de acontecimentos no seio do nosso Clube que, não tendo lugar o momento próprio para colocar as dúvidas que nos assolam, carecem de um esclarecimento público por quem de direito, que, até ao momento, pouco ou nada se pronunciou.

Assiste-nos o direito de, representando no atual mandato 49% dos associados, deixar algumas questões que nos parecem urgentes em consequência das vicissitudes que temos presenciado, e tendo por base o programa eleitoral dos Órgãos Sociais eleitos.

Sendo assim, julgamos pertinente, no bom exercício da oposição democrática, interrogar:

Era conhecido o crédito de cerca de 25.000€ deixado pelos anteriores Órgãos Sociais como almofada financeira (um princípio de boa gestão) para a preparação sustentável das épocas da responsabilidade da atual Direção. Na previsão de orçamento apresentada pelos atuais Órgãos Sociais foi notado que a Receita prevista batia de forma exata com a Despesa prevista, algo que nos pareceu demasiado imprudente, esgotando este excedente anterior e compondo um orçamento total como antes nunca se havia construído neste Clube.

Tendo como princípio oferecer o benefício da dúvida a quem legitimamente trabalha, quisemos crer que as Receitas previstas tinham um fundamento sólido e, qual não é o espanto quando vemos sair a público notícias de um alegado empréstimo que o nosso Clube solicitou junto da FPF, contraindo uma dívida, sem consultar os associados, que, segundo o regulamento desse apoio, será paga somente para lá do prazo de vigência do mandato dos atuais Órgãos Sociais. Ocorrem-nos várias questões a partir daqui, desde logo a confirmação da veracidade da contração deste empréstimo e, sobretudo, as causas de tal medida quando, inicialmente, existia um excedente precisamente para fazer face a imprevistos. Acreditamos que, apesar da promessa eleitoral, para nós infundada, de atingir as competições profissionais, a atual Direção não programou fazê-lo a partir de um aumento insustentável da dívida do Clube, pondo em causa a sua sobrevivência, nomeadamente num ano em que existia a garantia Municipal de uma diminuição do subsídio atribuído (150.000€), que até já foi reforçado com 20.000€;

➔ Aliado a este acontecimento, que julgamos insuficiente que se justifique com o atual estado de emergência, vimos também, nos últimos dias, vir a lume uma tomada de posição pública de vários elementos da atual Direção, demitindo-se dos seus cargos, sem que haja um qualquer esclarecimento oficial por parte do Clube quanto a este tumulto que, ao contrário do que pretendiam fazer passar aquando da eleição, parece demonstrar uma falta de coerência e união diretiva, e mesmo uma total ausência de estratégia, no nosso Clube. Quais os motivos destas demissões, e o impacto que poderão ter no futuro da nossa grande instituição, é algo que urge clarificar, temendo que, tal como já havia sido percebido desde há muito tempo a esta parte, o Clube careça de um projeto verdadeiramente adequado e sustentável, servindo os interesses de alguns mas não demonstrando a mínima preocupação com o trabalho para a nossa comunidade, fortalecendo a posição do Clube como instituição de referência pela sustentabilidade de um projeto desportivo diferenciado, tal como foi apresentado pela candidatura que encabeçámos;

➔ Estas, por terem sido noticiadas, são as interrogações que faz sentido elencar neste espaço, visto não terem sido oficialmente esclarecidas, mas muitas mais haverá por colocar, nomeadamente em relação a objetivos que consideramos fundamentais para o bom desenvolvimento do nosso Clube e que, a partir do nosso ponto de vista, têm sido cuidados com muita desconsideração, como sejam o Futebol de Formação ou a Comunicação do Clube, algo apontado como estruturante em período eleitoral mas que tem tido uma evolução negativa, tendo em conta a nossa avaliação.

Seguros da tentativa de garantir para o nosso Clube um melhor futuro, sustentável e próspero, mantemos uma postura vigilante mas de colaboração, baseados no programa construído atempadamente e de forma profissional que levámos a eleições e que agora nos exige uma defesa daqueles que em nós confiaram.

Viva o Sport Benfica e Castelo Branco!

Miguel Fradique

COMENTÁRIOS

Dosi
à muito tempo atrás
Muito bem visto. Forca para a proxima