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BE: A triste sina do bairro do Castelo

José Júlio Cruz - 13/04/2023 - 9:00

O Castelo mostrou-se a Catarina Martins tal como está: despovoado, velho e a cair. O BE critica o município por só fazer promessas e nenhuma cumprir.

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Foto António Santos/Reconquista

A Coordenadora Nacional do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, esteve em Castelo Branco na passada segunda-feira, dia 10, tendo efetuado uma breve visita ao bairro do Castelo.

Na zona antiga da cidade albicastrense, apercebeu-se da degradação de muitas das habitações e manteve alguns contactos com a população residente. Num dos poucos cafés ali existentes ainda ouviu um “só a vemos nas televisões, mas é uma honra recebê-la”. “Ainda bem que alguém ainda resiste por aqui e mantém de pé um negócio”, retorquiu a líder do BE.

Foi sobretudo dos dirigentes locais do BE que Catarina Martins soube “das sucessivas promessas dos executivos do PS que não se cumprem, apesar de sempre renovadas a cada ato eleitoral, tal como voltou a acontecer no último”.

Leopoldo Rodrigues e a atual gestão socialista estiveram debaixo de fogo das críticas dos bloquistas, tendo José Ribeiro feito questão de lembrar que “a revitalização da zona histórica da cidade foi precisamente o primeiro compromisso assumido como promessa pelo atual presidente do município quando se candidatou e, se é certo que não se pode mudar nada em apenas dois anos, também o é que nada foi feito”. “Isto é uma dor de alma”, desabafou Catarina Martins.

Os dirigentes locais do partido lembraram também que muitas das casas degradadas no bairro do Castelo pertencem à câmara municipal que de há umas décadas para cá as foi comprando sempre com promessas de as vir a recuperar para aqui se instalarem famílias e pequenos negócios e empresas. “A maioria nunca sequer chegou a ser recuperada e o que temos nesta zona da cidade são sucessivas promessas não cumpridas e algumas obras inacabadas”, reiterou José Ribeiro.

“É um desgaste insuportável do PS quer a nível local quer a nível nacional”, concluiu então Catarina Martins, dizendo que “isso se está a refletir cada vez mais na vida das pessoas, também ao nível do setor da habitação”.

“Já está toda a gente farta de promessas, é preciso mais e melhor habitação a preços justos, o governo e as autarquias socialistas dizem que é um setor prioritário mas não fazem nada”, rematou a dirigente bloquista, insistindo em que “todo o mercado imobiliário se concentra nos segmentos de elevados custos e de luxo, de tudo o resto parece que ninguém quer saber, mas é nesse segmento mais baixo que vive a maioria das pessoas”.

No albicastrense bairro do Castelo já coexistiram em tempos que já lá vão 60 tipos diferentes de atividades, do ensino público às associações, das profissões às padarias, aos ateliês e até ao cinema, como lembrou a propósito o dirigente local José Ribeiro. Ele próprio efetuou um levantamento sobre o assunto, só que agora, como também reforça, “tudo isto desapareceu e nada foi feito até ao momento, para que se possa inverter este rumo”.

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