Grupo que defende a Linha da Beira Baixa esteve parado durante vários anos. Foto arquivo Reconquista
A poucos dias do regresso das carruagens do Intercidades puxadas por locomotivas há um outro regresso anunciado à Linha da Beira Baixa.
O 6 de Setembro, um grupo de amigos da linha férrea criado há 27 anos, ressurge “desta feita como tertúlia de reflexão e debate sobre a Linha da Beira Baixa, a defesa e promoção do caminho-de-ferro e a salvaguarda dos valores históricos e patrimoniais deste modo de transporte”, diz em comunicado.
O regresso da antiga configuração do Intercidades, que há sete anos era assegurado por automotoras, é visto com bons olhos pelo grupo, que fala num “serviço de inegável qualidade e conforto, a que esta linha sempre se habituou e que inexplicavelmente esteve suspenso durante vários anos, substituído por automotoras, que não responderam às exigências de qualidade e conforto a que os utentes estavam habituados”.
O 6 de Setembro congratula-se também com as obras em curso no troço Covilhã- Guarda e defende que a designação de Linha da Beira Baixa e a Linha da Beira Alta deve ser substituída por Linha das Beiras. “Este movimento aguarda com expectativa a nova filosofia de exploração logo que as obras estejam concluídas, esperando que a partir do Fundão/Covilhã/Belmonte, as populações possam usufruir de ligações diretas aos destinos a norte como se presume”.
Para o 6 de Setembro é ainda necessário investir na melhoria das condições de segurança da linha, nomeadamente para evitar que as composições sejam atingidas por deslizamentos de terras.
O regresso do grupo será assinalado no domingo, dia 9, com uma conferência de imprensa no largo da estação da Covilhã.
Se estes amigos dos comboios o que têm para propor é a mudança do nome das linhas, para linha das Beiras, então podem ficar inativos mais 27 anos.