Estrada também faz parte do calendário de provas da Associação de Ciclismo da Beira Interior
“A época de 2020 está aí. Com muitos desafios, muitas horas de competição, trabalho de estrada e de secretaria”. É assim que a Associação de Ciclismo da Beira Interior faz o lançamento da nova temporada, que abriu oficialmente no último domingo, em Cebolais de Cima (TMBI). Este troféu de XCM traz como principal novidade a possibilidade de “fazer as provas em bicicletas elétricas”. Para tal foram criadas duas categorias (e-bike masc. e e-bike fem.), na distância Race.
As provas de BTT XCM, nomeadamente algumas datas do TMBI, por coincidirem com datas de provas de XCO da Taça de Portugal, “onde um número muito reduzido de atletas da região participa”, têm levantado celeuma. O organismo afeto à Federação Portuguesa de Ciclismo, a este respeito sublinha que “calendários e alterações foram discutidos em assembleia de organizadores e clubes”.
“É preciso que se note que as decisões não são tomadas de forma unilateral. A Associação de Ciclismo tem pautado por respeitar as decisões colegiais, não impondo datas, mas sim tentado que essas decisões reflitam a opinião geral e não a vontade individual de um ou outro clube. Trabalhamos em rede com os nossos associados”, vinca a instituição liderada por António Silveira.
No âmbito da formação, para além da organização de um encontro inter-regional de escolas (BTT), a 17 de maio, vai ser incrementado no troféu da beira interior o TMBI-Escolas. “Terá inscrições gratuitas e um conjunto de atividades que decorrerão em paralelo com as provas de competição. O regulamento está a ser ultimado, já que existem algumas questões logísticas e regulamentares que exigem grande ponderação”. Por outro lado, as categorias de cadetes e juniores passam a ter inscrições gratuitas no troféu
Para além das provas do TMBI, o calendário de XCM completa-se com o Campeonato de Maratonas da Beira Interior (atribuição dos títulos) a 5 de julho na cidade da Guarda.
A ACBI congratula-se pelo “crescimento considerável” que a atividade ciclística tem registado na sua área de jurisdição “nos últimos quatro anos”. “É notório e exponencial o aumento de praticantes individuais federados: de 175 em 2016 para 504 em 2019. O mesmo se passa ao nível de clubes: de 6 para 26 no mesmo espaço temporal. Em fevereiro de 2020, contamos já com mais de 300 federados e 23 clubes”. Entre outros fatores, os responsáveis associativos destacam nestes números “a perceção de que o desporto federado, seja de lazer, seja de competição, oferece condições de prática mais seguras e mais sustentáveis”.
No início de uma nova época, a ACBI fala ainda em investimento tecnológico, com “a criação de sistemas automáticos de inscrição e da realização de classificações nas provas, não só do nosso calendário”, bem como o esforço feito no setor da arbitragem: “Temos um grupo de comissários de ciclismo coeso, profissional e em formação constante, do qual fazem parte alguns comissários nacionais, que são constantemente solicitados para eventos do calendário da FPC”.
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