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BTT: “O nível está mais alto”

Artur Jorge - 08/04/2019 - 16:30

Rui Carvalho tem dominado o calendário distrital mas o foco está centrado nos compromissos nacionais.

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Rui Carvalho venceu a primeira prova do TMBI e cumpriu no fim-de-semana a 2.ª prova da Taça de Portugal de XCO

O ciclista que tem dominado as provas de BTT do calendário da Associação de Ciclismo da Beira Interior (ACBI), regressa este domingo, 7 de abril, aos palcos nacionais. Rui Carvalho, recente vencedor da primeira prova do TMBI, em Cebolais de Cima, vai alinhar na 2.ª prova da Taça de Portugal de XCO (a vertente olímpica), em Marrazes, Leiria. O atleta do Team Bicicletas Santiago já esteve na primeira em Viana do Castelo e conta marcar presença em todas, entre as quais a do Fundão.

“A competição mais importante é o campeonato nacional, que se realiza em julho no norte do país. É aí que estão os melhores. Mesmo o pessoal das maratonas, que não faz crosse, aparece lá. Depois são as provas da Taça de Portugal. Estão com um nível elevado, pois garantem pontos para o ranking de apuramento para os Jogos Olímpicos”, explica Rui Carvalho.

O campeão regional regista, por outro lado, com agrado a competitividade que pautou a primeira prova do TMBI. “O nível está mais alto. É bom para a modalidade e para ganhar ritmo para as provas nacionais. Há muito tempo que não se viam dois elites à frente da classificação”. Não estará presente em Belmonte por coincidir com a data da Taça de Portugal em Marrazes.

Rui Carvalho, 27 anos, é o principal rosto da sua equipa. O Team Bicicletas Santiago é o mais antigo do pelotão da Beira Interior e, mesmo com dificuldades, mantém uma equipa competitiva. Dificuldades que resultam da falta de uma parceria que ajude a suportar os encargos da atividade. “As que têm aparecido não vêm aportar nada à equipa. Precisávamos de um parceiro que viesse ajudar a melhorar as condições dos atletas”, refere o diretor desportivo José Maria Alves. “Hão-de pensar que a estrutura é cara. Não é verdade. Sobretudo, precisávamos de apoio ao nível do transporte para as provas”.

Com o regresso anunciado de Filipa Gonçalves, a equipa voltará a ter condições para “discutir vitórias em três ou quatro categorias”. E não abdica de lançar jovens como o cadete Sebastião Sequeira e o júnior João Alves. “Temos também um menino de 13 anos, mas ainda não pode fazer estas provas”. Aqui o líder das Bicicletas Santiago é crítico: “Falam, falam das escolinhas, mas a verdade é que não há provas apelativas para os mais novos. As distâncias são longas para os miúdos. A Associação de Ciclismo deveria promover um trajeto à medida deles. Porque as escolinhas somos nós, os clubes. Os miúdos sabem andar de bicicleta. Eles querem é competir”, remata José Maria.

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