Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Burlas: GNR alerta para o aumento deste tipo de crime

Reconquista - 07/03/2024 - 8:00

No intuito de prevenir e combater os diversos tipos de burlas, a GNR alerta para a necessidade de sensibilizar os diferentes públicos-alvo para as diferentes formas assumidas por este tipo de crime.

Partilhar:

Em Castelo Branco os números também estão a subir

No intuito de prevenir e combater os diversos tipos de burlas, a GNR alerta para a necessidade de sensibilizar os diferentes públicos-alvo para as diferentes formas assumidas por este tipo de crime.

No ano de 2022, a GNR registou 17969 crimes de burla em todo o país, sendo maioritariamente burlas informáticas e de comunicações, com 6518 registos, e fraude bancária, com 2630 burlas. Números que aumentaram em 2023, ano em que se registaram na área da GNR 21548 burlas, continuando-se a destacar a burla informática e nas comunicações, com 7303 ocorrências, e a burla com fraude bancária, com 3079 registos. A GNR apurou ainda que as ocorrências com maior incidência dizem respeito ao modo de atuação de compra e venda de bens, MB Way e publicações na internet.

O distrito de Castelo Branco, segundo os dados da GNR, também acompanha esta tendência, tendo sido registadas 441 bulas em 2022 e 486 em 2023.

Atendendo aos números revelados neste balanço, a GNR reforça o alerta os cidadãos para que “não aceitem métodos de pagamento que desconhecem nem sigam instruções de estranhos; informem-se primeiro sobre qualquer serviço novo de pagamento junto do banco; nunca adicionar associar um número de telemóvel que não seja o próprio ou que desconhecem a serviços bancários; não forneçam dados confidenciais ou pessoais via correio eletrónico ou SMS; não sigam ligações recebidas via correio eletrónico ou SMS; e verifiquem o extrato da conta bancária com regularidade”.

Para compras seguras na internet, a GNR aconselha a que se comprove se a loja online é segura (procurando endereço físico, número de telefone ou email) ou se aparece identificado o responsável da loja online e a sua localização. Ainda assim, devem “desconfiar sempre das ofertas demasiado atrativas, promoções imperdíveis e valores muito abaixo do mercado”. Certificar-se que o site adota medidas de segurança para garantir a privacidade dos seus dados, verificar o extrato bancário, ter um antivírus atualizado e procurar páginas seguras são outras das medidas que devem ser tomadas.

VIATURAS A GNR alerta ainda para outro modus operandi que atualmente se encontra menos divulgado e que está relacionado com a compra e venda de veículos. Explica que, “por norma, o suspeito deteta o veículo à venda online e contacta o vendedor, dizendo que está interessado na viatura e que gostaria de ver/testar o mesmo, marcando um dia e local para o fazer. No hiato temporal entre o contacto e o encontro com o proprietário, o suspeito coloca a referida viatura à venda online como sendo seu, por um valor muito inferior ao preço de mercado, aumentando assim exponencialmente o interesse no veículo, conseguindo desta forma arranjar facilmente um potencial comprador interessado (terceira pessoa)”. No dia marcado, “o suspeito contata o legítimo proprietário, informando que não será ele a ver o veículo, mas sim outra pessoa, pedindo-lhe para não mencionar valores monetários. Após a visita efetuada, o suspeito informa o legítimo proprietário que quer comprar a viatura e que lhe irá efetuar uma transferência bancária, enviando-lhe um comprovativo de transferência bancária (não efetivada). Já na posse dos documentos do veículo, o suspeito negoceia a sua venda à pessoa que efetuou a visita ao veículo, e desta forma quando o legítimo proprietário se apercebe que a transferência bancária não foi efetivada, o suspeito já realizou a venda e mudança de propriedade do veículo para a terceira pessoa. Esta é uma burla que por norma, lesa duas pessoas, o vendedor (legítimo proprietário) e comprador (terceira pessoa)”.

Nestes casos, deve confirmar-se a identidade do vendedor/comprador; suspeitar de valores abaixo do valor de mercado; suspeitar dos intermediários envolvidos no negócio; apurar, no momento da visita/teste, todos os pormenores do negócio; e antes de entregar a documentação do veículo, confirmar a efetividade da transferência bancária/pagamento.

A GNR reitera que em caso de burla, a vítima deverá sempre denunciar o crime.

COMENTÁRIOS