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Cantinas sociais: Distribuição de refeições pode ser substituída por cabazes

José Furtado - 04/02/2017 - 12:13

No distrito de Castelo Branco, onde funcionam 22 cantinas, a Segurança Social agendou uma reunião com as instituições envolvidas neste projeto para acertar a forma como esta mudança vai acontecer.

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O apoio alimentar deve continuar mas com outro modelo. Foto DR

O Governo está a introduzir mudanças no programa de ajuda alimentar aos mais carenciados que passam pela substituição das atuais cantinas sociais pela distribuição de cabazes de alimentos mais adequados às características de cada família.

No distrito de Castelo Branco, onde funcionam 22 cantinas, a Segurança Social agendou para dia 17 uma reunião com as instituições envolvidas neste projeto para acertar a forma como esta mudança vai acontecer.

A informação foi avançada ao Reconquista pelo diretor do Centro Distrital de Castelo Branco da Segurança Social, Melo Bernardo.

“O que está previsto é que a partir de julho possa entrar em vigor um novo sistema de apoio alimentar aos carenciados, que tem sido prestado através das cantinas sociais, e que no futuro será através da distribuição de cabazes de acordo com as características das famílias”, explica o dirigente da Segurança Social.

O cabaz de alimentos será distribuído “ao longo do ano para permitir que, de acordo com as suas características, possam confecionar em sua casa as refeições”.

Melo Bernardo considera que as instituições de solidariedade social que têm trabalho neste projeto nos últimos quatro anos “são fundamentais para levar a bom porto esta nova ação de distribuição de alimentos”.

O Núcleo Distrital de Castelo Branco da Rede Europeia Anti-Pobreza acaba de divulgar um estudo sobre a implementação deste projeto no distrito.

As 22 cantinas existentes abrangem todos os concelhos e só no de Castelo Branco, onde abriu a primeira de todas, funcionam quatro.

A maioria dos agregados apoiados têm apenas uma pessoa e dos 329 inquiridos a maior parte, 86, possui o 4.º ano de escolaridade.

Quanto aos rendimentos a maior parte recebe menos de 200 euros por mês e a maioria é apoiada pelo rendimento social de inserção.

A refeição mais consumida é o almoço, que é tomado em casa.

O inquérito revela também que na quase totalidade dos casos entre o pedido de apoio e a ajuda efetiva passou menos de um mês.

A primeira cantina social do distrito abriu a 27 de março de 2012 em Castelo Branco, numa parceira entre a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, a Cáritas Diocesana e a Câmara Municipal de Castelo Branco.

Os alimentos são confecionados nas instalações da APPACDM e distribuídos ao domicilio.

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