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Carta Aberta: Encerramento do Balcão da Caixa Geral de Depósitos em S.Vicente da Beira

- 23/03/2017 - 11:20

Situada no sopé da serra da Gardunha, a Vila de S. Vicente da Beira, concelho de Castelo Branco, fundada em 1173 pelo primeiro Rei de Portugal D.Afonso Henriques, terra de muitas Histórias e tradições, que nem sempre foi tratada de acordo com os seus pergaminhos. 

 

 

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Situada no sopé da serra da gardunha a Vila de S. Vicente da Beira, concelho de Castelo Branco, fundada em 1173 pelo primeiro Rei de Portugal D.Afonso Henriques, terra de muitas Histórias e tradições, que nem sempre foi tratada de acordo com os seus pergaminhos. 
Foi a mesma Vila sede de concelho durante sete décadas até à célebre reforma protagonizada por um político da altura chamado João Franco, que do seu gabinete ditou a extinção do concelho em 1895, tirando a esta Vila o brilho que até então tinha tido ao longo de séculos de História. 
As palavras do nosso querido conterrâneo Dr. José Hipólito Raposo (escritor) opositor ao regime de Salazar, foi Julgado e preso simplesmente por manifestar as suas ideias, tendo sobre esta injustiça escrito num dos seus livros o estado de absoluta tristeza que o povo e sua família sofreram devido a esta injustiça. Também terra de Robles Monteiro (Diretor do Teatro D.Maria II) , D.João Nunes da Cunha (Vice Rei da India) e D.João de Deus Ramalho (Bispo Filadelfia (USA ), Macau tendo também exercido as funções de governador. 
Podíamos mencionar muitas outras figuras das quais nos orgulhamos mas não é esse o motivo desta carta. 
Esta tem como finalidade denunciar a injustiça que está a ser cometida de novo com esta Freguesia do interior do nosso país que, está a ser novamente penalizada por uma política de gabinete, que visa os interesses centrados em decisões que não olham às verdadeiras necessidades das populações e cegamente planeiam acabar com o Portugal interior, deixando-nos pensar que Portugal é composto só pelas grandes cidades à beira-mar plantadas, ficando assim esquecidos aqui neste interior, à espera de ser visitados por quem quiser ver o nosso País na sua forma mais primitiva. 
Senhores decisores e políticos, façam alguma coisa para que não seja o povo a pagar pelos sucessivos erros e leis que visam quem não tem culpa e sofre com as decisões tomadas cegamente sem olhar ao mal que causam, tirando a tal qualidade de vida e fazendo regressar aos tempos do esquecimento. 
O balcão da Caixa Geral de Depósito foi aberto nesta vila há mais de vinte e cinco anos tendo desde aí desem-penhado um papel muito importante no desenvolvimento desta região, que se estende num raio de vinte e cinco quilómetros, servindo freguesias vizinhas e a sede, cuja freguesia se se estende por cem quilómetros quadrados. 
Torna-se por isso um serviço de relevo para a economia local, pois sem este, anuncia novamente a morte da economia desta terra e, por sua vez, a tão falada desertificação.
Se por casualidade, houver alguém que não perceba a verdadeira dimensão desta decisão, imaginem um cidadão de uma cidade ou de tal mundo de que nos querem distanciar, ter que se deslocar trinta ou mais quilómetros para cada lado para tratar de qualquer assunto relacionado com estes serviços desde as coisas mais simples! 
Queremos então perguntar a quem toma estas decisões! 
1. Serão estas pessoas culpadas do descalabro das contas da CGD? 
2. É neste balcão que a CGD tem dificuldade na cobrança do tal crédito mal parado ? 
3. As contas deste balcão são negativas? 
Gostaríamos então, que estas simples questões tivessem uma resposta de quem dita este amargo destino, deixando à consideração de quem decide o direito a uma resposta ! 
As pessoas que subscrevem esta carta exprimem o sentimento de tristeza que é comungado por toda a população, não querendo a mesma entrar pelo caminho de manifestações e gritar mais alto para ser ouvido como normalmente se vê fazer ,ao mesmo tempo também não têm, os mesmos, quaisquer intenções políticas. 
Vai ser enviada uma cópia desta carta para os nossos Governantes : Exmo. Senhor Presidente da Republica , Exmo. Senhor Primeiro Ministro, Exmos. Senhores Lideres das Bancadas Parlamentares, Exmo. Senhor Presidente do Conselho Executivo da Caixa Geral de Depósitos , Comunicação Social e Exmos. Senhores representantes do poder local e regional. 
Bem haja a todos os que perderam, um pouco do seu tempo, a ler esta manifestação de desagrado e tristeza , deixando no entanto , ficar para quem tiver , uma resposta a dar sobre esta decisão. 
 
(Seguem-se diversas
assinaturas)

COMENTÁRIOS

Isabel Costa
à muito tempo atrás
Porquê fechar a repartição? Será que não percebem que numa vila como esta isto é uma mais valia para quem lá habita? A vila já tem uma população considerável que exige tal repartição. ...e depois....se fecharem....onde depositam o seu dinheiro.....como levantam o dinheiro que precisam.....assim estão a alimentar ai da mais os assaltos a estas populações. .uma vez que como as pessoas não têm um banco perto começam a guardar o dinheiro em casa.....será tudo uma conjugação de situações não viáveis. ...por favor...mantenham esta repartição aberta. ...os habitantes necessitam dela....não existe mais nenhuma num raio considerável de kms....Obrigada