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Leitores: Castelo Branco- Desígnio, estratégia, concretização e dinâmica

Luís Correia - 20/04/2023 - 10:01

As palavras que compõem o título, são fundamentais para conseguirmos uma boa política que promova o desenvolvimento de um concelho.

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As palavras que compõem o título, são fundamentais para conseguirmos uma boa política que promova o desenvolvimento de um concelho. Infelizmente para todos os albicastrenses, atualmente não as conseguimos ver refletidas na gestão camarária do concelho de Castelo Branco.
Na verdade, e desde logo, para promovermos o desenvolvimento de um concelho, temos que saber para onde o queremos levar, qual o objetivo primeiro que queremos atingir, qual o DESÍGNIO que se assume como ponto de partida. 
Termos a visão do que queremos para o nosso concelho, para além de nos orientar, ajuda-nos muito no desempenho da política. Mais do que isto, aqui começa uma relação transparente e esclarecedora, entre o político e o munícipe.
Importa dizer ao munícipe, onde queremos chegar. Se temos uma visão de futuro ou se temos uma visão de passado. E isto, só é possível demonstrar, se o dissermos claramente aos munícipes.
Neste aspeto, a única coisa que temos percebido em Castelo Branco, é um lançar de temas (de forma avulsa), mais próprios do passado do que do futuro. Temas, que na verdade, eram atuais há mais de 20 anos atrás. Temas que não fazem sentido nos dias de hoje, ainda mais, lançados hoje como se estivéssemos na mesma situação de então. Refiro-me nomeadamente ao tema da água.
Mas para cumprir um desígnio, importa também definir uma ESTRATÉGIA. Sem esta não podemos integrar as diversas políticas, não sabemos como vamos cumprir o desígnio a que nos propomos.
Para a definição de uma estratégia, importa desde logo ter consciência do ponto de partida, facto que o executivo atual tem demonstrado desconhecer. Aliás, pior do que isto, tem sido o facto de negar tudo o que anteriormente foi concretizado, o que desde logo demonstra um desnorte e uma enorme fraqueza. Quando, por exemplo, o Município gere uma infraestrutura como a Fabrica da Criatividade, e a sua primeira medida aplicada a este equipamento é afastar o responsável, devemos questionar a motivação inerente à decisão. E mais destaco que o trabalho realizado pelo então responsável pelo equipamento foi amplamente reconhecido e assumiu-se como o ponto de arranque para os primeiros passos de uma infraestrutura considerada importante no caminho de modernidade que o concelho vinha a fazer. Eis uma demonstração de que nem se conhece o ponto de partida, e muito menos, se é consciente da estratégia que se quer seguir.
Uma estratégia que integre as diversas políticas. Cada uma com o seu papel e os seus objetivos. Nomeadamente as políticas, económica, cultural, social, ambiental, de coesão, entre outras, devem estar definidas e devem sobretudo, estar percecionadas as diversas fases da sua implementação.
Por diversas vezes questionei o atual executivo sobre o que se pensa sobre esta ou aquela política e a resposta tem sido invariavelmente vazia. Mas pior que isto, é ouvirmos permanentemente, em resposta, frases que se referem ao passado e que culpam o passado, como se não houvesse obrigação primeira de liderar, de fazer acontecer o futuro, independentemente do que se passou. Apenas a título de exemplo, e não sendo o caso de Castelo Branco, quando um executivo herda um município muito endividado, isso não pode constituir argumento para não concretizar o que se propôs fazer. Porque em primeiro lugar estão os munícipes e é em nome deles que temos que fazer acontecer, e em segundo lugar, se se propôs liderar um concelho, tinha a obrigação de conhecer a dimensão do compromisso que ia assumir.
Esta permanente referência à culpa do passado, constitui a demonstração de, por um lado, a falta de estratégia, e por outro, a incapacidade de concretizar.
E aqui chegamos à terceira palavra, não menos importante que as duas primeiras. Até muito pelo contrário. 
CONCRETIZAÇÃO das atividades necessárias à implantação da estratégia definida.
Neste aspeto, infelizmente, muito pouco ou nada se tem concretizado. Claro, nada é um exagero da minha parte, mas sobretudo, o pouco que se tem feito, são aquelas concretizações fáceis. Nomeadamente devolver o IRS, pagar creches e refeições. Nada de estruturante e até nestes casos, com repetidos avanços e recuos no processo!
Mas o pior destas concretizações é que levaram já à situação de frequentemente, o executivo, mandar dinheiro para cima dos problemas. Como diria uma pessoa que muito me diz, é a política das facilidades. Que depois, mais tarde ou mais cedo se pagam…
Por fim, para a implementação de uma política que promova o desenvolvimento de um concelho, é necessária, além de tudo isto, muita DINÂMICA. 
Dinâmica na concretização e implementação de medidas e ações que permanentemente consolidem o caminho que se está a fazer. Porque uma ação avulsa, relativa a uma política, sem depois se dar seguimento, através da sua repetição (sempre com melhorias, claro) ou com a concretização de outras com ligação a esta, é o mesmo que não fazer nada.
Esta é sem dúvida a maior dificuldade quando se promove o desenvolvimento de um concelho. Não há tempo para descansar. É sempre umas ações a seguir às outras. E é necessário ter a consciência disso… Mal vai quando se anda a perder tempo com mesquinhices, como saber-se e comentar-se com quem os membros da oposição estiveram a conversar…
Consciência para se ter força de continuar a liderar, mas sobretudo para não se acabar com ações que já vinham sendo concretizadas e dessa forma não travar a dinâmica de desenvolvimento.
Ora, o que temos visto permanentemente é o mudar por mudar, sobretudo porque vem de trás, acabar por acabar, porque vem de trás ou porque não se tem capacidade de o fazer. E na verdade, isto tem constituído um grande erro deste executivo. É como se fossemos num carro a 120 Km/h para chegar a determinada hora a um destino e fizéssemos uma enorme travagem. Para chegarmos à hora prevista, obriga a um grande esforço de recuperação do motor, para voltar à velocidade adequada, para além de ter provocado um maior desgaste no carro e consumos muito elevados.
Na verdade, deviam ter sido mais inteligentes neste aspeto. Em vez da palavra mudança, deveriam ter pensado na palavra evolução. Assistimos, na verdade, a uma reação política primária. São exemplos disto, o fim do Natal Branco, que tinha feito um caminho e já era conhecido a nível nacional e também pelos nossos vizinhos espanhóis, bem como o fim dos desfiles de carnaval, e neste caso, se pensaram que o modelo estava esgotado, tiveram um ano para inventar outro modelo, para não fazerem a travagem que fizeram. Para não falar, do fim da feira Sabores de Perdição e da agenda cultural. Aliás, para não falar de outras decisões, em que algumas até vieram a constituir imbróglios e trapalhadas, apenas para fazerem diferente do que a oposição propunha.
Precisa-se de mudar o pensamento e a ação. A bem de quem lidera o município e a bem dos albicastrenses.

 

COMENTÁRIOS

Manuel Marcos
No ano passado
Aqui se vê as promessas eleitorais que este Senhor Leopoldo está a realizar tanto na Cidade como nas autarquias do Concelho vergonhoso de vez inovar está a retirar tudo que foi feito até assumir a Câmara. Veja o que prometeu aos Louriçalenses, só mentiras, aldrabice foi só caça ao voto contra o seu opisitor D. Luís Correia este sim um Homem com H grande, saia da cadeira e cumpra o que prometeu. Os Louriçalenses não merecem o que o Senhor está a fazer. Se não sabe governar demita-se e deia o lugar quem quer trabalhar porque só anda a inaugurar aquilo que foi feito pelo D. Luis Correia tenha vergonha. Força SEMPRE Força SEMPRE.
Luisa Campos
No ano passado
O quê? Controlar quem fala com quem? Voltámos ao pré 25 de abril, só pode.
Constou-me que um assessor de gabinete da presidência terá sido dispensado.
Clara Rego
No ano passado
Estou completamene de acordo com o que foi dito,acaba se o que e bom porque ja vem de trás se e bom e oara continuar e nao acabar
Jorge Duarte
No ano passado
Comentários que valem uma nota 10.
Para um bom entendor meia palavra basta.
A maquina rosa se está a auto destruir.