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Castelo Branco: Água e Saúde geram debate na reunião do executivo

José Júlio Cruz - 22/03/2018 - 9:30

Oposição e maioria trocaram argumentos sobre alguns dos temas mais discutidos nas últimas semanas em Castelo Branco.

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Câmara Municipal de Castelo Branco. Foto arquivo Reconquista

As problemáticas da cobrança da água aos munícipes e as diversas discussões em redor da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco marcaram a reunião pública do executivo da Câmara Municipal albicastrense na última sexta-feira, dia 16.

A vereadora Maria José Batista, da maioria socialista, explicou nesta reunião a nova fórmula de cobrança do abastecimento público de água, depois de o vereador social democrata Hugo Lopes ter levantado uma série de questões sobre a mesma. Aquela responsável, também administradora dos serviços que superintendem esse setor, referiu que "como já tivemos oportunidade de explicar algumas vezes, os municípios perderam parte da autonomia em determinadas áreas para a ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos) e daí a decisão de alterar o método de faturação, porque o antigo não nos permitia enviar as entradas e saídas do sistema com fiabilidade".

Ainda assim, como realçou, "os munícipes foram informados e podem optar por pagamentos faseados se eventualmente tiverem dificuldades, os serviços estão disponíveis para isso". Hugo Lopes tinha levantado a questão com base naquilo que considerou ser "o aumento do custo do abastecimento do lado dos clientes, quando seria mais sensato dividir esse custo por várias faturas".

Carlos Almeida (PSD) voltou, por seu lado, ao tema da saúde, constatando "com preocupação e tristeza que o Ministro da Saúde tenha anunciado apoios ao hospital da Covilhã e em Castelo Branco se tenha limitado a uma visita de cortesia". Continuou dizendo que "as queixas relativamente aos tempos de espera continuam e já há até quem tenha marcações para janeiro de 2019, pelo que estamos a ficar numa situação de subalternização inaceitável e seria bom que também localmente em termos políticos houvesse alguma indignação com tudo isto".

Luís Correia, presidente do município, abordou ambas as questões. Relativamente à primeira lembrando todo o trabalho que tem sido efetuado nos serviços municipalizados ao nível da flexibilização dos pagamentos e do esclarecimento aos munícipes, bem como no que diz respeito à sensibilização para a problemática da poupança de água junto da população mais jovem.

Sobre a saúde sublinha que "as coisas não se preparam nem se conquistam de um dia para o outro e há muito tempo que nos temos vindo a preocupar com o hospital de Castelo Branco". "Em tempos prepararam-se condições para atrair profissionais e até tecnicamente para servir melhor as pessoas, pelo que as dificuldades agora sentidas não podem ser vistas apenas à luz da atual conjuntura, já vêm de há muitos anos e esta câmara sempre intercedeu no sentido de melhorar a saúde no concelho", realçou, acrescentando também que "as obras agora visitadas foram concretizadas por esta autarquia, pelo que temos é de analisar também as medidas tomadas por outros governos que prejudicaram o nosso hospital, desde logo quando permitiram que outros avançassem primeiro com o estatuto de Entidade Empresarial do Estado o que lhes permitiu reforços financeiros elevados e nessa altura os senhores assobiaram para o lado".

ATROPELAMENTOS Outros temas houve que marcaram esta reunião e motivaram a intervenção dos vereadores quer da oposição quer da maioria. Um deles foi o dos atropelamentos na cidade albicastrense. José Alves (PS) deu conhecimento, depois de uma intervenção inicial de Carlos Almeida (PSD) sobre o tema, que a autarquia tem estado a trabalhar com uma série de entidades para a sensibilização quer de automobilistas quer de peões e que esta questão, de facto, está na ordem do dia das preocupações do executivo.

Cláudia Soares (PS) lembrou por seu lado o trabalho que tem vindo a ser efetuado nas freguesias, apontando como exemplo mais recente o alargamento das atividades da universidade sénior. Mas, a mesma vereadora falou também do trabalho estratégico que tem vindo a ser desenvolvido em outras áreas como a economia e a cultura de uma forma integrada por todo o concelho.

Face às dúvidas levantadas pela oposição relativamente à contratação dos chamados precários da função pública, coube nesta reunião ao Diretor de Departamento da autarquia Francisco Alveirinho dar conta do ponto da situação relativamente a esta matéria, ficando a saber-se que a complexidade do processo legislativo e as respetivas alterações introduzidas já em janeiro deste ano e até este mês têm contribuído para o seu arrastar. Ainda assim, revelou que "a data fixada é 31 de maio e temos estado a trabalhar para resolver a tempo e horas esta situação".

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