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Castelo Branco: Clubes da formação assinam “entendimento histórico”

Artur Jorge - 04/09/2019 - 14:23

O futebol de formação pode entrar numa nova era. Responsáveis garantem que este não é mais um protocolo. É para levar a sério.

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Presidente da Câmara testemunhou o acordo celebrado pelos clubes

Os três clubes de Castelo Branco que fomentam o setor de formação no futebol, acabam de conseguir um “entendimento histórico” com vista à potenciação dos escalões juvenis. O protocolo rubricado na passada terça-feira, com o alto patrocínio do presidente da autarquia albicastrense, Luís Correia, constitui um “documento exemplar”, que a ter a devida operacionalização no terreno “garantirá mais qualidade” e agilização de competências rumo a uma formação global: os melhores nas equipas direcionadas ao rendimento e todos os outros com igualdade de oportunidades para poderem continuar a desfrutar da prática futebolística.

O acordo foi oficializado pelos presidentes de BC Branco, Desportivo CB e Bairro do Valongo numa cerimónia realizada no Centro de Empresas Inovadoras (CEI). Jorge Neves, Luís Caiola e António Roseiro convergiram na ideia de um passo em frente na otimização dos recursos humanos e físicos. As orientações da parceria foram alinhavadas pelos coordenadores técnicos dos clubes, respetivamente Rui Paulo, José Goulão e Filipe Roque. “Como as coisas estavam é que não podiam continuar. Estamos na presença de um protocolo eclético, que olha ao rendimento e ao espaço de prática para todos”. Com uma máxima, completa Filipe Roque: “Quem tem mais potencial tem de jogar os campeonatos nacionais”.

A diretriz mestra passa por cada emblema ter um escalão de referência: iniciados para o Desportivo, juvenis para o Bairro do Valongo e juniores no BC Branco. “Mas os três clubes podem ter equipas no mesmo escalão, criando-se uma via de parecer técnico para a deambulação de atletas”, foi explicado. O desiderato, a médio prazo, passa por ter uma representação albicastrense em cada campeonato nacional.

Às reticências que podem ser colocadas num processo que não é “matemático”, os coordenadores técnicos, mentores desta convergência, respondem: “Não há protocolos perfeitos. E este, consoante as incidências no terreno, estará sujeito a reajustamentos. Não será um processo fácil inicialmente”, anuíram. Luís Caiola, presidente do Desportivo, acrescentou: “Tudo o que é novidade traz alguma resistência. É natural que haja aqui alguma desconfiança, do género eu não quero ir… Mas é irreversível. Vamos crescer juntos, sem hipotecar a identidade de ninguém. E com a mesma vontade de ganhar”.

“Defender ainda melhor a nossa cidade. Estávamos muito seguros no porto onde nos encontrávamos, mas queremos ir mais longe na competência e competitividade das nossas equipas”, frisou Jorge Neves, líder diretivo dos encarnados. Pelo mesmo diapasão alinha António Roseiro, do Bairro do Valongo: “O facto de estarem aqui os presidentes dos três clubes e da Câmara de Castelo Branco atesta o entendimento e a confiança que existe. Cabe-nos a todos, aos pais também, ajudar a agilizar este projeto”. Os pais serão mesmo um fator determinante para o sucesso deste “triunvirato”. José Goulão, do Desportivo, não tem dúvidas que “os jovens se adaptam mais facilmente às mudanças que os próprios pais”.

A época que agora se inicia é tida como o ano zero do protocolo. Em 2020/21 os itens pré-estabelecidos passarão a entrar em vigor. E a circulação ordenada de jogadores pelos três clubes a proceder-se em direção ao objetivo comum: representatividade nacional em todas as categorias e um alfobre mais sustentado para vir a alimentar a equipa sénior da cidade, o BC Branco.

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