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Castelo Branco: Despachar os monos numa banca sobre rodas

José Furtado - 14/10/2022 - 11:41

Associação de Colecionismo estreia este sábado um novo modelo de feira que quer ajudar quem tem objetos que já não usa.

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Nova feira acontece no centro cívico da cidade. Foto Reconquista

Chegar de carro, abrir a bagageira e vender o que já não tem utilidade mas pode ter nova vida noutras mãos. Este é o conceito de uma nova feira que a Associação de Colecionismo de Castelo Branco organiza este sábado, dia 15, no centro cívico da cidade. A Feira Despacha-Bagagem é inspirada nas vendas de rua que surgiram nos Estados Unidos e no Canadá, protagonizadas por pessoas que não são os habituais vendedores de antiguidades ou colecionismo. O conceito chegou a Portugal há vários anos, onde é mais conhecido como feira da bagageira, realizando-se atualmente em localidades como Cascais, Sintra, Alhandra, Corroios e também em vários bairros da cidade de Lisboa. Quem está atento ao fenómeno nota que “está a ter mais participantes do que as feiras de colecionismo como aquelas que fazemos aqui na avenida”, afirma Eduardo Vicente, dirigente da associação e que tem estado envolvido nos últimos 20 anos na organização das feiras de colecionismo na cidade.

“A nossa ideia como associação é fazer coisas diferentes na nossa cidade e estavam a aparecer nas nossas feiras muitos particulares a quererem vender as suas coisas”, explica o mesmo responsável.

Esta Feira Despacha-Bagagem é por isso uma oportunidade “para quem tem monos no sótão ou na garagem, mas também roupa, sapatos, de tudo um pouco”. Alguns dos objetos que aparecem nas feiras de colecionismo e antiguidades já são fruto da recolha que é feita por algumas pessoas junto aos caixotes do lixo, resultantes muitas das vezes da limpeza de sótãos, que é frequente ao fim-de-semana. Eduardo Vicente diz também que pode ser muito interessante para colecionadores que queiram ter produtos para revender. No fim de contas “o objetivo é arranjarmos pessoas novas e com material novo”.

Com esta organização, a associação pretende ainda contribuir para a preservação do planeta, evitando que vão parar ao lixo objetos que podem ter uma nova vida nas mãos de outras pessoas, já para não falar da possibilidade de estas ganharem algum dinheiro com aquilo que iam deitar fora.

A feira vai funcionar das 9H00 às 13H00 e os carros que chegarem ao centro cívico vão ser distribuídos estrategicamente, para que possam ficar com os porta-bagagens abertos mas também utilizar o chão e mesas se assim o desejarem.

Eduardo Vicente espera que seja possível repetir este modelo de feira de dois em dois meses, mantendo a já tradicional feira de colecionismo no terceiro domingo de cada mês. 

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