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Castelo Branco disponível para acolher ucranianos

João Carrega - 03/03/2022 - 9:22

Castelo Branco está disponível para apoiar cidadãos ucranianos que escolham Portugal para refazerem as suas vidas, em resultado da invasão russa à Ucrânia.

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A Câmara de Castelo Branco enviou, neste fim-de-semana, um email ao Ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, e à embaixadora ucraniana em Portugal, Inna Ohnivets, onde mostra a sua total disponibilidade para apoiar os cidadãos ucranianos que possam escolher o nosso país para prosseguirem as suas vidas.

O anúncio foi feito pelo presidente do Município, durante a última Assembleia Municipal e após ter sido aprovada, por unanimidade uma moção de solidariedade para com a Ucrânia, país que foi invadido, na última semana pelo exército russo.

Nesse email, a autarquia manifestou “toda a solidariedade e disponibilidade para apoiar cidadãos ucranianos que desejem escolher o nosso país para recuperarem as suas vidas”. Castelo Branco abre, assim, as portas à vinda de cidadãos ucranianos, disponibilizando-se perante o governo português, “para aquilo que entender oportuno”.

Paralelamente, disse, a Câmara de Castelo Branco “estabeleceu contactos com os investigadores ucranianos que integram o projeto Fusilli, de que Castelo Branco faz parte, no sentido de os acolher, permitindo que pudessem prosseguir as suas investigações no Centro de Apoio Tecnológico ao Agro Alimentar (CATAA). No entanto, a resposta desses elementos foi de que pretendem continuar na Ucrânia a defender o seu país e a desenvolverem lá o seu trabalho”.

Sobre os cidadãos ucranianos que já fazem parte da comunidade albicastrense, o autarca diz “que estão bem integrados. Aqui vivem e trabalham e não temos informação que precisem de apoio. Mas se isso vier a acontecer estaremos disponíveis”. A onda de solidariedade já tinha sido manifestada na última sessão de câmara com a aprovação de uma moção (como o Reconquista anunciou) e no início desta semana foi reforçada com os donativos de bens recolhidos pela Cáritas e escuteiros, os quais seguirão para a Ucrânia.

UCRÂNIA A moção de solidariedade para a com a Ucrânia foi votada de forma unânime por todos os partidos e foi apresentada pelo próprio presidente da Assembleia Municipal, Jorge Neves. O documento, além de manifestar solidariedade para com o povo ucraniano, recomenda à autarquia “que haja proativamente para acolher famílias que possam vir da Ucrânia; que não sejam esquecidos os cidadãos ucranianos que já vivem no concelho e que possam ser acompanhados; e ainda que convide a embaixadora da Ucrânia em Portugal para visitar a cidade”. A moção será agora enviada ao Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres; ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa; ao Primeiro Ministro, António Costa; ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva; e à embaixadora da Ucrânia em Portugal.

DIELMAR Mas não foi apenas a Ucrânia que mereceu unanimidade por parte da Assembleia Municipal. Uma segunda moção, apresentada pela presidente da Freguesia de Alcains, Milena Santos (PS) teve a concordância de todas as forças políticas. Nela é reconhecido o “papel do Governo de Portugal” durante o processo, assim como a posição do “Instituto de Emprego e Formação Profissional no processo de formação dos trabalhadores”; e o empenho do gestor de insolvência”. Com a aprovação do documento, o presidente da Câmara fica mandatado para “falar com a nova administração da Dielmar”.

Recorde-se que a Dielmar entrou, no último ano, em insolvência, acabando por ser adquirida pelo grupo Valérius, o qual garantiu a continuidade de mais de 200 trabalhadores.

COMENTÁRIOS

JMarques
à muito tempo atrás
Ao contrário do PCP que compreende muito bem as razões do sr. Putin para invadir a Ucrânia, eu quero que o Putin se exploda e se dane.