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Castelo Branco: Escola Afonso de Paiva recebe medalha da cidade

José Furtado - 07/10/2022 - 22:23

VÍDEO O diretor do agrupamento disse que estes 50 anos vão continuar a ser celebrados nos próximos meses.

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Medalha de ouro da cidade reconhece meio século de atividade da escola. Foto Reconquista

Cinquenta anos depois de a campainha ter soado pela primeira vez, a Escola Afonso de Paiva recebeu a mais alta distinção da cidade. A medalha de ouro do município foi entregue ao diretor do agrupamento pelo presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco no final de uma sessão solene que marcou o arranque das comemorações da efeméride. Mas Leopoldo Rodrigues levava mais duas prendas para o agrupamento, desta vez em forma de promessas. A primeira é que a Afonso de Paiva vai ter uma sala sensorial Snoezelen, destinada aos alunos com autismo e que ficará instalada na Escola Básica de S. Tiago. Atualmente, a escola recorre à sala aberta há vários anos na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Castelo Branco, que fica a poucas centenas de metros mas obriga a deslocações nem sempre fáceis de gerir. Outra promessa é a instalação de bancadas para experiências nas disciplinas de Físico-Química e de Ciências da Natureza, a instalar na escola sede.

Luís Santos, o diretor do agrupamento, diz que esta sala sensorial “vai ser uma mais-valia para estes alunos irem mais longe” e que os últimos anos têm mostrado que vale a pena investir na diferença.

“Queremos poder incluir mais alunos. No último ano aumentámos o número de alunos, aumentámos o número de turmas, somos procurados por pais e encarregados de educação que sabem que aqui encontram para alguns desses alunos a resposta mais adequada”, disse aos jornalistas no final da cerimónia. Ainda no auditório quis deixar claro que esta celebração dos 50 anos não ficará por aqui nem será meramente institucional.

“Iremos organizar até ao final deste ano letivo um conjunto de iniciativas cujo objetivo é de nelas conseguirmos incluir e envolver todos os que não podendo estar hoje connosco contribuíram à sua maneira e dentro das suas capacidades para a história, a grandeza e a excelência do serviço educativo que esta instituição sempre prestou e continua a prestar”, disse o diretor. Luís Santos recordou ainda todos os diretores que o antecederam, para dizer que foram “lideranças de base humanista que souberam definir aquela que é hoje a nossa atividade”, uma escola que disse ter um projeto educativo baseado na educação para a cidadania e na construção de um currículo que transmite aos alunos valores como a responsabilidade, o trabalho, a exigência, a solidariedade e o respeito pela diversidade, entre outros valores. E terminou afirmando que a Afonso de Paiva é um agrupamento “orgulhoso do seu passado, empenhado no presente e a pensar o futuro”.

A diretora regional de educação do centro, Cristina Oliveira, disse que a Afonso de Paiva foi uma das muitas escolas surgidas na década de 1970, com a reforma educativa de Veiga Simão, que ajudaram a construir a Democracia, surgida de um movimento “de juntar rapazes e raparigas, de olhar a formação do individuo de outra forma, mais completa”.

ALUNO E PROFESSOR A medalha de ouro da cidade foi entregue pelo presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, que antes disso foi aluno e mais tarde professor desta escola, funções que estão entretanto em suspenso devido à atividade politica. Leopoldo Rodrigues contou que chegou à Afonso de Paiva para frequentar o 5.º ano.

“Eu vinha de uma escola na Taberna Seca com trinta e poucos alunos para uma escola de grande dimensão e onde as turmas eram numeradas porque não cabiam no alfabeto”. Foi recebido então por Joaquim Martins, que de professor passou a colega e camarada de partido. Na Afonso de Paiva, para cujo corpo docente entrou em 2003, “desenvolvi projetos, exerci diversos cargos e fiz amigos”, elogiando o seu papel como “uma escola de mérito, plural, tolerante e sempre de porta aberta”.

Notícia atualizada a 13 de outubro

 

 

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