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Castelo Branco: Fibra ótica, poesia... e oposição sem resposta

José Júlio Cruz - 24/03/2023 - 8:00

Ausência de fibra ótica nas freguesias, intervenção de um investigador no espólio de António Salvado e falta de respostas à oposição marcaram reunião do executivo.

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O Município de Castelo Branco diz estar preocupado com a não existência de fibra ótica disponível para os cidadãos do concelho, sobretudo os que residem nas diferentes freguesias. Leopoldo Rodrigues garantiu isso mesmo a um munícipe natural de Alcains e residente em Lardosa no decurso na reunião pública do executivo municipal que teve lugar no passado dia 17.

O munícipe questionou sobre a presença daquela tecnologia de comunicação e de transmissão de dados (frequente em tv por cabo e internet) em determinados espaços públicos nas freguesias, desabafando “mas, os cidadãos não têm acesso à fibra ótica”. Na resposta, o autarca esclareceu também que as referidas linhas são dedicadas, não podem ficar acessíveis a privados, mas informou que “já reunimos por diversas vezes com a Autoridade Nacional de Comunicações, a ANACOM, e identificámos essa e outras situações para que possam vir a ser resolvidas”.

Em resposta a um outro munícipe que indagou sobre a eventual ligação do investigador Paulo Samuel à Câmara de Castelo Branco através da sua biblioteca municipal, Leopoldo Rodrigues revelou que “o investigador foi convidado em tempos pelo recém falecido António Salvado para que efetuasse um estudo e a gestão da sua obra literária”. Nesse sentido, o poeta “solicitou apoio ao município no sentido de podermos avaliar da contratação de Paulo Samuel para que ele pudesse desenvolver esse trabalho e estamos a equacionar essa possibilidade”.

Relativamente à biblioteca, o autarca esclareceu que “identificámos ali um espaço para podermos guardar a obra de António Salvado e Paulo Samuel tem estado a efetuar essa missão naquele espaço. Como sabemos a Casa de António Salvado tem o projeto em fase de elaboração” e posteriormente é ali que o espólio do poeta albicastrense ficará depositado.

Numa reunião de executivo em que foram aprovadas com os votos do PS a abertura dos concursos para as chefias do novo organigrama autárquico e a respetiva constituição dos júris, os vereadores do Sempre abstiveram-se nesta matéria (anteriormente tinham votado contra a reorganização em curso). O vereador do PSD não esteve nesta reunião.

Apesar da abstenção, não passou despercebido um comentário efetuado por Jorge Pio, a propósito da constituição dos júris, nomeadamente quando, entre outras coisas, disse estranhar que um dos júris (o relativo ao concurso de Diretor do Departamento de Educação, Cultura e Desenvolvimento Social) ser constituído exclusivamente por elementos técnicos da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.

Sem resposta desta vez ficou o vereador Luís Correia (Sempre). Numa intervenção em que parabenizou o presidente do município por “ter inaugurado na última reunião pública o retirar da palavra a um vereador, com justificação de ser um tema esgotado”. O tema era o do IC31 e este vereador da oposição voltou agora a reiterar o que considera importante sobre o mesmo, declarando relativamente ao episódio anterior que “esperemos que tenha sido um momento infeliz e único”.

Sublinhando que “não nos calaremos”, o líder do Sempre deixou então um conjunto de questões, todas terminadas no mesmo “em que ficamos?”, para tentar demonstrar a inoperacionalidade da atual gestão socialista. Os temas foram as transmissões em streaming das reuniões do executivo, a substituição da iluminação pública, os multibancos nas freguesias, as rendas sociais, as transferências para as freguesias, o concurso internacional para diretor do Museu Tavares Proença Jr., a anulação do concurso público para o Vale da Europa, a Barragem do Barbaído sem apoios do Estado e a promessa eleitoral da construção de uma centena de casos por ano. “Já vamos no segundo ano de mandato”, lembrou.

Ana Ferreira, também do Sempre, alertou para o que considera ser “uma oportunidade perdida que pode não voltar”, referindo-se ao facto de a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa não se ter apetrechado com Centros Tecnológicos Especializados. “Vão ser 365 em todo o país no âmbito do PRR, a primeira fase está concluída e a CIMBB não tem nenhum atribuído”. Lembrou que em agosto de 2022 lhe tinham garantido que havia pelo menos duas candidaturas.

A reunião iniciou-se com um respeitoso minuto de silêncio em memória do poeta António Salvado, recentemente falecido.

 

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