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Castelo Branco: Luis Correia responde ao PSD e justifica ausências nas reuniões do executivo

José Júlio Cruz - 22/02/2017 - 16:11

As ausências do presidente do município às reuniões públicas voltaram a ser tema na reunião do executivo, desta vez pela voz do próprio, que as justificou.

 

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As reuniões públicas têm lugar nas terceiras sextas-feiras de cada mês

O presidente da Câmara de Castelo Branco respondeu na passada sexta-feira, dia 17, aos vereadores do PSD que o tinham acusado, recentemente, de andar a faltar às reuniões públicas do executivo, precisamente no decorrer de uma reunião idêntica. Luís Correia lamentou a postura dos vereadores da oposição e explicou que "se teve necessidade de se ausentar do concelho nesses dias não foi certamente para faltar às reuniões do executivo, ou por ter estado a descansar, mas foi porque estava a tratar de assuntos importantes para toda esta região de Castelo Branco".

O autarca especificou as datas, locais e assuntos que em cada momento justificaram essas ausências, dando resposta até a uma das perguntas que nesta reunião de dia 17 lhe foi efetuada por João Paulo Benquerença (PSD) sobre a atualidade do diferendo com a empresa Valnor, por causa dos preços dos lixos que estão a ser cobrados aos municípios e que já levaram a que estes devolvessem faturas à empresa. "Em dezembro, antecipando este mesmo problema, estive reunido com o ministro do Ambiente para discutirmos o assunto... e em janeiro reuni na Alemanha, em Berlim, com o ministro da Agricultura, no decorrer de um certame em que os nossos produtos regionais estavam a representar o país numa feira internacional", referiu Luís Correia.

Posto isto, o autarca reconheceu que "temos entre mãos um problema com esta questão dos resíduos, mas é um problema que se arrasta há alguns anos e esta é uma daquelas questões que se preparam com tempo e se tratam no devido tempo". Ora, em sua opinião, "nós alertámos para ela a determinada altura de todo este processo e colocámos até a hipótese de investir na empresa de molde a hoje podermos ter influência nas suas decisões". Nessa altura, como acrescenta, "não vimos da parte do PSD nesta matéria vontade de ajudar a resolver essas decisões que, agora, revelam-se complicadas e conduziram ao atual estado de coisas com a privatização da EGF".

"Até o atual Governo parece estar de mãos atadas com o que foi decidido pelo anterior liderado precisamente pelo PSD", realça também Luís Correia, concluindo que "tudo iremos fazer para contrariar o aumento das tarifas que nos querem impor, mas, infelizmente, sobre esta questão, tivemos razão antes de tempo". "E felizmente que em Castelo Branco não privatizámos a água", desabafou de seguida.

Numa reunião pública que ficou marcada, inicialmente, pela venda em hasta pública de três terrenos na cidade para a construção de outros tantos prédios destinados a habitação, foram também adjudicadas a requalificação em Castelo Branco da zona da metalúrgica (cerca de 800 mil euros) e a valorização ambiental da zona do Barrocal (mais de um milhão de euros), o que, no entender do presidente do município, "revela bem a dinâmica que esta câmara tem estado a imprimir ao concelho e à cidade, o que começa felizmente também já a ter resultados práticos no investimento privado ao nível da construção civil, depois da profunda crise que nos últimos anos afetou o nosso país".

Paulo Moradias (PSD) trouxe a esta reunião algumas preocupações relacionadas com a necessidade da contratação de pessoal na escola nº 6, mas também as dificuldades de atendimento que se registam na linha de recolha de monos do município. Uma situação relacionada com o estacionamento automóvel na rua Dr. Rafeiro nesta cidade foi também colocada em cima da mesa. Situações que Luís Correia prometeu dar atenção em breve.

Sobre este último assunto registe-se que um morador daquela rua, subscritor de uma missiva assinada também por outros populares e que foi entregue ainda no ano transato à autarquia, utilizou o espaço destinado ao público para vincar a necessidade da autarquia intervir naquela artéria da cidade com alguma urgência, dada a intervenção que um morador está a efetuar ao nível do estacionamento, o que em seu entender e de outros moradores, não está correto. "Não podem os privados fazer obras naquilo que é o espaço público, nem andar a pintar traços que impeçam o estacionamento de viaturas, pois não?", chegou mesmo a interrogar-se.

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