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Castelo Branco: Manifestação organizada por jovens pede paz na Ucrânia

10/03/2022 - 23:42

 

Na praça que em Castelo Branco celebra o 25 de Abril ouviram-se apelos não só à liberdade como à paz. Duas semanas depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia, um grupo de estudantes da Escola Secundária Nuno Álvares conseguiu juntar albicastrenses e também a comunidade ucraniana da cidade numa manifestação onde predominaram o azul e amarelo que são as cores da bandeira. À frente esteve Nelson Afonso, de 18 anos e filho de pai português e mãe ucraniana. A guerra que acontece lá longe toca-lhe por isso de maneira especial.

“Tenho um tio que está na frente de combate e a minha avó encontra-se num bunker com a minha prima de dois anos”, conta. O avô, que já faleceu, foi bombeiro voluntário e combateu as chamas provocadas pelo rebentamento do reator nuclear de Chernobyl, o pior acidente nuclear de sempre. A manifestação foi uma forma de transmitir a mensagem “e ser um guerreiro como eles estão a ser”, referindo-se ao povo ucraniano. Ao mesmo tempo “é um pouco um abre olhos para as pessoas da minha idade perceberem que a vida não é só um mar de rosas e que estamos a entrar num mundo que também nos diz respeito”.

A manifestação contou com o apoio de instituições como a Junta de Freguesia de Castelo Branco e da Associação Amato Lusitano, cujos responsáveis se juntaram ao protesto. Nelson, que teve atrás de si os colegas na Nuno Álvares, esperava mais jovens como ele, sobretudo de outras escolas.

Para este luso-ucraniano a força do país materno que tem permitido resistir à ofensiva russa vem de uma cultura de resiliência, que continua a sentir no dia-a-dia, dando como exemplo as pessoas que conhecem e que decidiram deixar a paz de Portugal para se juntarem à resistência. Nelson valoriza essa coragem porque acredita “que isto não foque só pela Ucrânia e se alastre a todos nós”.

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