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Castelo Branco: Mau tempo muda planos do Dia dos Sinos

José Furtado - 03/11/2023 - 10:31

VÍDEO Dia dos Sinos regressa este sábado com concertos, exposição e poesia. Mau tempo previsto obrigou a alterações. 

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Sinos da sé voltam a ser protagonistas do programa. Foto arquivo Reconquista

 

Os sinos da sé de Castelo Branco e do carrilhão móvel Lvsitanus, de Constância, vão protagonizar a 11 de novembro uma espécie de desgarrada em pleno largo da Sé. O Diálogo Sineiro é uma das atividades que compõem o programa do Dia dos Sinos, que teve a sua estreia no ano passado e que regressa renovado mas mantendo a parceria entre a Junta de Freguesia de Castelo Branco, as Paróquias de São Miguel da Sé, São José Operário e Nossa Senhora das Preces, a Diocese de Portalegre-Castelo Branco e a Câmara Municipal de Castelo Branco. O programa inicialmente previsto para dia 4 foi alterado a poucos dias da data, devido à previsão de mau tempo, mas mantendo parte do que estava previsto para este sábado.

O programa começa pelas 10H00 na Casa do Arco do Bispo, com a abertura da exposição “Castelo Branco: A Cidade aos Olhos de Quem a Ama”, construída a partir de pinturas sobre a cidade que fazem parte da coleção da Junta de Freguesia de Castelo Branco. José Pires, o seu presidente, diz que esta será a partir de agora a exposição permanente do espaço gerido pela freguesia e cuja coleção, que reúne nomes nacionais e estrangeiros, continuará a crescer. A introdução ao Dia dos Sinos ficará a cargo do músico Tom Hamilton, que nos últimos anos tem recolhido e divulgado o património sineiro da região e as pessoas que o preservam- os sineiros.

À tarde, a partir das 15H30, as portas da sacristia abrem-se ao João Roiz Ensemble e ao Teatro Váatão, que vai protagonizar um recital com poemas dedicados aos sinos. Pelas 16H45 o órgão de tubos da sé recebe o concerto com José Carlos Oliveira.

O toque final desta segunda edição do Dia dos Sinos acontece na igreja do Espírito Santo, a partir das 21H00, com o Musicalbi. A ideia inicial era realizá-lo no largo da Sé com o carrilhão Lvsitanus e demonstração de vídeo mapping promovida pela Associação ST.Arte. Por ter sido transferido para um espaço fechado o concerto tem uma lotação de 100 lugares.

O Diálogo Sineiro entre a torre da sé e o carrilhão móvel passa assim de 4 para 11 de novembro mantendo-se às 11H00, com uma largada de pombos pela Sociedade Columbófila de Castelo Branco. Ana Elias, a carrilhanista que toca os 63 sinos daquele que é um dos maiores carrilhões móveis do mundo, “aceitou logo e disse que nunca lhe tinham feito uma proposta destas”, revelou José Pires na apresentação do programa.

Por agora o Dia dos Sinos tem apenas a dimensão das fronteiras da freguesia mas a convicção do presidente da freguesia é que com o tempo “isto irá tomar uma dimensão superior à regional”.

Nuno Folgado, o pároco de São Miguel da Sé, São José Operário e Nossa Senhora das Preces, disse na apresentação do programa que os sinos “são marca de alegrias e de tristezas e património de toda a gente” e que por isso a Igreja tem a responsabilidade de os conservar e colocar ao serviço dos outros. A criação do Dia dos Sinos é por isso merecedora de gratidão “por este sonho tão sui generis e pela ousadia”. O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, referiu-se à ideia que teve uma estreia que diz ter sido um êxito como algo que resulta de uma conjugação feliz entre a junta e a paróquia, recordando que esta última tem promovido a sé como morada de música.

 

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