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Castelo Branco: Padre André Beato vai estudar para Roma

José Júlio Cruz - 27/08/2021 - 15:30

André Beato celebra pela última vez em Castelo Branco às 18H00 de domingo, dia 29, no adro da Sé.

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André Beato. Foto Reconquista

André Beato, até à data pároco in solidum de S. Miguel da Sé, em Castelo Branco, vai estudar liturgia na Faculdade de Liturgia do Instituto Pontifício de Santo Anselmo, em Roma.

Parte no final do mês, iniciando no primeiro dia de setembro um curso intensivo de italiano já que as aulas propriamente ditas de liturgia terão lugar a partir de outubro.

André Beato celebra pela última vez em Castelo Branco às 18H00 de domingo, dia 29, no adro da Sé.

A experiência albicastrense foi muito positiva para o sacerdote. É o próprio que o confidencia ao Reconquista, “embora no percurso de quase dois anos eu consiga identificar muito do que não se fez, não por nossa culpa, mas por causa do tempo que atravessámos”.

“Chegamos sempre com muitas ideias, depois de me ter ordenado e de ter passado por Portalegre como diácono”, mas, até com a pandemia, Castelo Branco deixou marca: “O acolhimento foi muito forte e as próprias pessoas das comunidades por onde passei também perdoaram a um padre novo alguns pormenores. Sou uma pessoa um pouco tímida e fui conhecendo as pessoas pouco a pouco”.

André Beato diz que “as assembleias de Castelo Branco são exigentes, as pessoas procuram uma palavra nova, uma novidade” e que por isso se lembra “das primeiras homilias como padre, exigiam muito de mim, escrevia e lia antecipadamente muitas das coisas que ia dizer, até para refletir sobre isso”.

A pandemia acabou por também influenciar nisso, na medida em que “as circunstâncias obrigaram-me a dar o melhor de mim, porque em vez de estar a olhar para uma assembleia estava a olhar para uma câmara”. “As próprias reações, comentários e telefonemas fizeram com que sentisse que havia muita gente que estava connosco e que participava na eucaristia”, reconhece com satisfação.

O sacerdote opina que a tecnologia neste período cumpriu o seu papel, porque “as pessoas sentiram que estavam a participar e continuavam acompanhadas pela igreja, ainda que de forma diferente”.

Na primeira vaga da pandemia, as coisas sentiram-se de forma especial, mas dentro do expectável. Já na segunda, como refere, “a escala do problema aumentou muito, houve pessoas próximas a sentirem os efeitos e algo de facto mudou na sociedade”. “Muitas das pessoas que vinham à igreja sentiam-se acolhidas e com a deslocação para os meios multimédia temi que algumas pessoas se sentissem abandonadas, por não terem esses meios e não poderem comungar”.

O pior parece ter passado. “Os tempos agora já são outros, voltámos a estar juntos ainda que cumprindo determinadas regras”, realça André Beato.

 

ESTUDO Sobre o desafio que agora lhe foi colocado pelo bispo, revela que se trata de um estudo mais aprofundado de determinadas áreas, sendo que a liturgia é apenas uma delas, e que os sacerdotes o fazem para o bem da diocese, “desta porção do povo de Deus que é a diocese”.

“No meu caso a liturgia é a área onde irei aprofundar os estudos para que depois possa enriquecer a diocese no cumprimento de outras missões e projetos pastorais que se seguirão, aliás no seguimento daquilo que aprendi e que fixei no final do seminário, onde me foi dito que a formação é contínua e não terminava ali”, explica.

O curso que vai frequentar é de três anos, sendo que um deles é fortemente marcado pelo estudo do latim e do grego. “No final regressarei, a minha casa e as minhas coisas ficam cá e voltarei nas férias para colaborar com o pároco e os sacerdotes que cá estiverem a servir”, refere, salvaguardando que “quando o curso terminar caberá ao bispo definir as futuras nomeações”.

O sentimento presente é de alguma ansiedade causada naturalmente pelas mudanças que se avizinham na sua vida. Mas, está tranquilo e diz que parte “com o sentimento de servir a diocese, se o bispo me pede é Deus que me chama e desafia a algo que será útil à comunidade, pelo que é com esse espírito de missão que irei continuar a servir a igreja no estudo”.

Antes de partir deseja sobretudo “agradecer a todos e ao padre Nuno Folgado pelo acolhimento que tive, pela paciência que teve e na introdução que me deu à vida pastoral”.

Às três comunidades paroquiais (Sé, S. José Operário e Benquerenças), onde se integram também Valongo, Maxiais e Taberna Seca diz-se “grato pela forma como me acolheram e fui recebido, posso dizer que muito do que sou hoje devo-o às comunidades, como padre e como homem”.

COMENTÁRIOS

Maria Silva
à muito tempo atrás
Padre André que Deus o acompanhe nessa doce caminhada para bem de todos nós. E muitas felicidades. Cá o esperamos novamente.
João Nery
à muito tempo atrás
Felicidades para esta nova etapa. Abraço