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Castelo Branco: Plataforma para reutilização de manuais escolares já funciona

José Júlio Cruz - 23/06/2017 - 9:56

Aliviar a fatura das famílias é o objetivo de um projeto em que município e agrupamentos de escolas também são parceiros.

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O sistema tem como parceiros a autarquia e os agrupamentos de escolas

O programa municipal de reutilização de manuais escolares foi apresentado em Castelo Branco na passada semana. A ideia é permitir às famílias poupanças a vários níveis, uma vez que a plataforma agora apresentada tanto dá para as pessoas adquirirem como para venderem os livros dos alunos entre o 5º e o 12º anos de escolaridade.

Para o presidente da Câmara Municipal, "aderimos desde a primeira hora a esta plataforma porque entendemos que podemos ajudar as pessoas a poupar e não o estamos a fazer sozinhos, temos connosco os agrupamentos de escolas do concelho que foram ouvidos". Luís Correia revela que essas poupanças podem variar "entre 20 a 80% do dinheiro que habitualmente as famílias gastam com os manuais escolares" e que "essas poupanças são importantes para as pessoas, mas também para o ambiente, uma vez que estamos a falar da reutilização de materiais".

Rosa Caetano, diretora do Agrupamento José Sanches, de Alcains, reconhece em nome dos agrupamentos que "nos dias que correm, as despesas das famílias com a educação são muito altas, pelo que tudo o que puder ser feito para aliviar é sempre bem vindo", revelando que "o projeto já teve o seu início e na nossa escola já recebemos os contentores para serem recolhidos os manuais". Ricardo Morgado, da empresa responsável pela criação e funcionamento da plataforma que irá gerir toda esta operação, lembra por outro lado que "as pessoas interessadas em adquirir ou vender manuais escolares para reutilização devem inscrever-se na plataforma e informarem que livros pretendem adquirir ou vender".

O mesmo responsável revela que "todo o sistema tem um controle de qualidade que irá garantir, nomeadamente, que os manuais escolares estejam em bom estado de conservação e sirvam efetivamente o fim a que se destinam".

Atualmente, como foi revelado na mesma ocasião, no concelho de Castelo Branco gasta-se anualmente cerca de um milhão de euros por ano em manuais escolares. "Esta fatura poderá ser reduzida para cerca de 300 ou 400 mil euros por ano quando este sistema estiver a funcionar em pleno", acredita o autarca Luís Correia, recordando que, em média, "as famílias gastam 216 euros por cada filho só com os manuais escolares no início de cada ano letivo".

A empresa responsável pela plataforma é a Book in Loop, uma start-up tecnológica incubada no Instituto Pedro Nunes e na Startup Lisboa e que com este projeto já recebeu o Prémio Nacional de Indústrias Criativas em 2015. Atualmente, já aderiram a esta plataforma dez câmaras municiais e uma junta de freguesia, espalhadas um pouco por todo o país. No distrito a plataforma irá funcionar nos concelhos de Castelo Branco, Sertã e Fundão.

No concelho albicastrense o programa chama-se SPIN Castelo Branco e está disponível em spincastelobranco.pt prevendo-se que, para breve, a mesma se encontre também numa aplicação móvel capaz de identificar os manuais através do reconhecimento do código de barras. Na atual os dados relativos à identificação dos manuais são introduzidos pelo utilizador e pelos agrupamentos de escolas aderentes.

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